sábado, 14 de agosto de 2010

Como se esquece alguém que se ama?



Como se esquece alguém que se ama?
Como é que se esquece alguém que nos faz falta e que nos custa mais lembrar que viver?

Quando alguém se vai embora de repente, como é que se faz para ficar?
Quando alguém morre, quando alguém se separa - como é que se faz quando a pessoa de quem se precisa já lá não está?

As pessoas têm de morrer, os amores de acabar.
As pessoas têm de partir, os sítios têm de ficar longe uns dos outros, os tempos têm de mudar.

Sim, mas como se faz?
Como se esquece?

Devagar! É preciso esquecer devagar.
Se uma pessoa tenta esquecer-se de repente, a outra pode ficar-lhe para sempre.
É preciso aguentar.
Já ninguém está para isso, mas é preciso aguentar!

A primeira parte de qualquer cura é aceitar-se que se está doente.
É preciso paciência!
O pior é que vivemos tempos imediatos em que já ninguém aguenta nada.
Ninguém aguenta a dor. De cabeça ou do coração.
Ninguém aguenta estar triste.
Ninguém aguenta estar sozinho.
Tomam-se conselhos e comprimidos.
Procuram-se escapes e alternativas.
Mas a tristeza só há-de passar entristecendo-se.

Não se pode esquecer alguém antes de terminar de lembrá-lo!

A Saudade é uma dor que pode passar depois de devidamente doída, devidamente honrada.
É uma dor que é preciso, primeiro, aceitar.
É preciso aceitar esta mágoa, esta “moinha”, que nos despedaça o coração e que nos mói mesmo e que nos dá cabo do juízo.

Dizem-nos para esquecer, para ocupar a cabeça, para trabalhar mais, para distrair a vista, para nos divertirmos mais mas, quanto mais conseguimos fugir, mais temos mais tarde de enfrentar.
Fica tudo à nossa espera.
Acumula-se-nos tudo na Alma, fica tudo desarrumado.

O esquecimento não tem arte.
Os momentos de esquecimento conseguidos com grande custo com amigos e livros e copos, pagam-se depois em condoídas lembranças a dobrar.

Para esquecer é preciso deixar correr o coração, de lembrança em lembrança, na esperança de ele se cansar.

Porque é que é sempre nos momentos em que estamos mais cansados ou mais felizes que sentimos mais a falta das pessoas de quem amamos?
O cansaço faz-nos precisar delas.
Quando estamos assim, mais ninguém consegue tomar conta de nós.
O cansaço é uma coisa que só o Amor compreende.
A felicidade faz-nos sentir pena e culpa de não a podermos participar.
É por estarmos de uma forma ou de outra sozinhos que a saudade é maior.
Mas, o mais difícil de aceitar, é que há lembranças e amores que necessitam do afastamento para poderem continuar.
Deixar de ver para ter vontade de ver.
Às vezes, a presença do objecto amado provoca a interrupção do Amor.
É por isso que nunca se deve voltar a um sítio onde se tenha sido feliz.
Regressar é fazer mal ao que se guardou.

Uma saudade cuida-se.
Nos casos mais tristes, separa-se da pessoa que a causou.
Continuar com ela, ou apenas vê-la pode desfazer e destruir a beleza do sentimento.

Mas como esquecer?
Como deixar acabar aquela dor?

É preciso paciência!
É preciso sofrer!
É preciso aguentar!

Há grandeza no sofrimento!
Sofrer é respeitar o tamanho que teve um Amor.

No meio do remoinho de erros que nos revolve as entranhas de raiva, do ressentimento, do rancor - temos de encontrar a raiz daquela paixão, a razão original daquele Amor.

As pessoas morrem, magoam-se, separam-se, abandonam-se, fazem os maiores disparates com a maior das facilidades.
Para esquecer uma pessoa não há vias rápidas, não há suplentes, não há calmantes, ilhas nas Caraíbas, livros de poesia - só há lembrança, dor e lentidão, com uns breves intervalos pelo meio para retomar o fôlego.
Ir a correr para debaixo das saias seja de quem for é uma reacção natural, mas não serve de nada e faz pouco de nós próprios.
A mágoa é um estado natural. Tem o seu tempo e o seu estilo. Tem até uma estranha beleza. E nós somos feitos para aguentar com ela.

Podemos arranjar as maneiras que quisermos de odiar quem amámos, de nos vingarmos delas, de nos pormos a milhas, de lhe pormos os cornos, mas tudo isso não tem mal.
Nem faz bem nenhum!
Tudo isso conta como lembrança, tudo isso conta como uma saudade contrariada, enraivecida, embaraçada.
O que é preciso é igualar a intensidade do Amor a quem se ama e a quem se perdeu.

Para esquecer, é preciso dar algo em troca!
Os grandes esquecimentos saem sempre caros.
É preciso dar tempo, dar dor, dar com a cabeça na parede, dar sangue, dar um pedacinho de carne.

Pode esquecer-se quem nos vem à lembrança, aqueles de quem nos lembramos de vez em quando, com dor ou alegria, tanto faz, com tempo e com paciência, aqueles que amámos com paciência, aqueles que amámos sinceramente, que partiram, que nos deixaram, vazios de mãos e cheios de saudades, esses doem-se e depois esquecem-se mais ou menos bem.

E quando alguém está sempre presente?
Quando é tarde!
Quando já não se aguenta mais!
Quando já é tarde para voltar atrás, percebe-se que há esquecimentos tão caros que nunca se podem pagar.

Como é que se pode esquecer o que só se consegue lembrar?
Aí, está o sofrimento maior de todos!
O luto verdadeiro!
Aí está a maior das felicidades!

[Sabes?!...
Agora quero sorrir!
Tenho gosto, tenho vida!
Sequei as lágrimas,
Encontrei-me no corpo ausente,
E num arco-íris,
Descobri manhãs,
Quando acordei e quis.
Afinal, estou magoada,
Porque fui infeliz,
Mas não há dúvida:
Ainda serei feliz!!!


É sempre Amor, mesmo que mude!
É sempre Amor, mesmo que acabe!
É sempre Amor, mesmo que alguém esqueça o que passou!...]

sábado, 10 de abril de 2010

Sol de ti... [em mim]



Deixa que os meus olhos se fechem,
E confiem um minuto nos teus...

Olha por mim, protege o meu sonho,
Vigia o meu descanso e afasta-me de todas as mágoas,
Com os teus beijos apaga tudo o que é mau…
Envolve-me nos teus braços e cuida de mim…
Deixa-me descansar e adormecer no teu peito…

Deixa que os meus olhos durmam nos teus...

Deixa-me sonhar,
Deixa que sonhe com a tua boca,
Com as tuas mãos, com os teus beijos,
Com a tua pele na minha pele,
Com o teu corpo no meu corpo,
Com o teu calor a queimar-me por dentro…

Deixa que os meus olhos despertem,
Com o sol a romper nos teus olhos...

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Como te quero



Quero-te junto a mim...
Assim, tão perto, que terei que respirar o mesmo ar que sai da tua boca.
Manter-me prisioneira dos teus braços...
Sentir a tua pele quente, roçando a minha...
As tuas mãos invadindo o meu corpo, que é já só teu, inventando nele novos caminhos...
Fazendo da cama o nosso ninho...

Quero sentir o meu coração bater junto ao teu, no mesmo compasso...
A tua boca, sussurrando as tuas fantasias, deliciosamente loucas...

Quero amar-te com loucura, de todas as formas possíveis e impossíveis...
Quero que me apertes contra o teu peito, que me beijes na boca com Paixão...
Quero abrir os meus braços inquietos, para sentir o teu abraço...
Com as minhas pernas, encaixar-me em ti, formando um laço, que desejo não mais desatar...

Liberta o meu corpo que grita, aflito, de desejo... Sem pudores, sedento pelas tuas carícias... Carente das tuas mãos suaves, que conhecem todos os meus recantos, cada milímetro de mim...
Enfim, o êxtase... Corpos suados...
Almas gémeas de amor saciadas.

Quero-te na grandeza desse instante que se faz eterno...
Quero-te na saudade, na tua ausência...
Quero o suave sabor da tua boca,
O toque terno das tuas mãos em mim...

Quero-te em mim, assim...
Num Tempo que não conhece fim!...

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Soneto de Fidelidade




De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.



Vinicius de Moraes

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Apaixonada



Por vezes sinto uma paixão louca
Nascer dentro de mim...
Lava incandescente,
Um calor premente,
Uma torrente de alegria sem fim...

Não sei como ultrapassar
Este sentimento,
Que me torna cega, mas feliz...
Ávida de tudo,
Desejo infinito...

Sou assim,
Apaixono-me!...

Por cidades, ruas e jardins...
Passeio-me louca,
Maravilhada de tudo...

No sangue, a certeza
De um fervor sem fim...
E no olhar, o brilho
De quem ama perdidamente...

Paixões voláteis,
Que mudam a cada esquina,
A cada ideia nova...
Nos sentidos despertos,
Num entusiasmo novo,
Intenso e louco,
Em cada momento...

E dou-me totalmente,
Em tudo o que faço!...
Apaixonada...
Ergo monumentos,
E desenho metas,
Assim...

Ávida de conhecimento,
Curiosa... Fascinada...
Vagueio na vida...
Sentindo extremos...
Apaixonada!...

Sinto demasiado,
E amo e odeio,
Brinco e choro,
Morro e renasço!...

Ardo no fogo,
De cada projecto novo...
E fecho-me,
Em esferas de calor...

Desço ao inferno,
E volto ao sabor...
Do vento,
Do tempo...
Para renascer,
Noutro lugar,
Numa ideia,
Numa vontade,
Nova de tudo!...

O meu destino?!
Destruir e reconstruir...
Tudo!!!

sábado, 16 de janeiro de 2010

Eu... Imperfeita... Me confesso...




Eu, imperfeita, me confesso:

Confesso ao mundo que sou negra... E branca...
Que amo e odeio, que quero para não querer...
Que me fecho em mim, calo e não sou franca...
Que desespero de tanto amar sem poder!

Eu, imperfeita, me confesso:

Confesso que ruge em mim o Mal e o Bem,
Que se debatem numa luta sem fim,
Extenuando-me as forças, arrastando para além do meu limite...
Exigo-me o que já não tenho de mim...

Eu, imperfeita, me confesso:

Confesso que amo mais que a própria Vida...
Que morro a cada dia um pouco mais...
Na ausência do "meu mundo" e vivo dividida,
Entre lutar por tê-lo a meu lado esquecendo os demais,
E libertá-lo do nó cego que por Amor se deu...

Eu, imperfeita, me confesso:

Sou imperfeita,
Comum, com pecados e qualidades,
Luxúria, orgulho, preguiça,
Anseios, Amor, ternura, carinho, etc.

Todos na sua devida ordem e ocasião exacta.

MAS SOU INTENSA EM TUDO!

Porém, em busca contínua da perfeição,
Mas sem hipocrisia e falso moralismo.

Pois SOU original e NÃO cópia do que desejo.
Mas também tenho a sabedoria de tentar achar-me,
Encontrar-me...

Por favor!
Chega de falsidade!
A vida é curta demais, para ética barata.

Para que queres a verdade, se não a aguentas?

Não me perguntes:
- Quem és?
- De onde vens?
- Para onde vais?

Sou Mulher...
Que alguém magoou,
E que com asas adaptadas voou...

Não tentes entender as vezes que padeci.
Não vale a pena tentar.
Nem tentes descodificar as incógnitas que sobreviveram a essa dor!
Não se aborreça, se o amor acabou,
Se o meu coração sangrou e muita mágoa deixou.
Não tentes restaurar, enxugando as lágrimas
Que escorrem pela minha face,
Lágrimas sem disfarce...

Metade de mim ficou em alguém,
E não se quer reconfortar.

Ainda temo a paixão do olhar,
A metade que sobreviveu,
De Ti não se esqueceu...
Mas exonerou-se de te amar...


Onde há muito sentimento, há muita dor.
[Leonardo da Vinci]

domingo, 27 de dezembro de 2009

Rendo-me!...




Rendo-me...
Na mais simples forma...

Rendo-me...
A Ti, a Mim e a Nós, a Tudo...
Às coisas que a Vida não me deu e que eu tanto pedi...
Aos sonhos que tanto sonhei e não vieram...

Rendo-me...
Às maravilhas por mim deslumbradas que me fazem sentir minúscula, quase imperceptível...

Rendo-me e abro a Alma ao Mundo...

Dispo a farda de guerreira, a armadura implacável, que outrora me assentou tão bem, neste corpo cansado, moído e saturado...

E, então, ofereço...
Oferecendo-Te, oferecendo-Me a Ti...
Já não sou predadora do Amor,
Sou presa fácil nos teus braços e na armadilha do teu ser...

Rendo-me...
Ao teu olhar,
Que se atreve a ler a minha mente,
Na ânsia de me querer...


Na mais simples forma...
Rendo-me... A Ti!

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Uma carta...




Como escrever uma carta
A dizer o que sinto?
Impedir que a inspiração não parta,
E desenhar o Amor que pinto?...
Recorrer à palavra já farta,
Ao verso que permanece puro, limpo!...


Farta de te ver sem te sentir,
Ou de te sentir sem te ver...
Atrás de ti queria ir,
Mas nas sombras tenho de me esconder!...
Tive de a todos iludir,
Por assim tanto te querer!...


Mas para quê continuar,
E manter-me a escrever?...
Porque não abandonar,
Deixar, e apenas esquecer?...
Como de ti deixar de gostar?
Como conseguir fazer o Amor esmorecer?...


E dizer-te isto em pessoa...

Tivesse eu coragem e pudesse...
Como cantar-te um verso que não soa,
E dizer-te que o que sinto não desaparece...
Falar-te do sonho que voa,
Da ilusão que ainda permanece...


Numa carta escrevia tudo,
Num envelope onde não posso escrever o destino...
Palavras de uma paixão muda,
Que me mantém sempre em desatino...
Infelizmente, não sou sortuda,
E nem com o meu nome a assino...

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Apetece-me!...



Estou num daqueles raros momentos em que me encontro em perfeita comunhão comigo mesma...
Como se nada mais existisse, como se nada mais importasse, a não ser isto, aqui e agora!

Adoro estar neste Mundo que é só meu, neste estado de fusão!...

É como se visse tudo pela primeira vez, como se as palavras fossem todas novas, como se os sons fossem perfeitos, como se me inventasse e reinventasse, como se tudo fosse irrepreensível!...

Sinto uma inspiração sem igual, que ocupa o meu coração, sem razão, sem racionalidade!...

Apetece-me rir, gargalhar,
Chorar, sem triste ficar!...

Apetece-me voar...
Voar para um sítio distante e, mesmo assim, perto!...

Apetece-me o aconchego,
Sem medo!...

Apetece-me criar,
Sem imitar!...

Apetece-me a sedução,
A absorção, sem absolvição!...

Apetece-me apetecer...
Querer, mesmo sabendo que não posso ter!...

Apetece-me ficar assim...
A olhar... Para dentro de mim... Sem me julgar!...

Apetece-me escrever e dizer,
Falar até a Alma se cansar e quase rebentar!...

Apetece-me acender o escuro,
Aquecer o frio,
Perder-me no obscuro, enquanto me anestesio!...

Apetece-me pintar...
Com cores que não existem!...

Apetece-me rimar...
Desejos que subsistem!...

Apetece-me silenciar...
Um silêncio gritante, desconcertante!...

Apetece-me falar...
Procurar o sorriso constante!...

Apetece-me abrir a porta...
Deixar entrar, inalar, o cheiro que me conforta!...

Apetece-me ouvir...
Sentir, sons que me amansem a Alma!...

Apetece-me escrever cartas para ninguém,
Sabendo que no outro lado estará alguém!...

Apetece-me ser criança...
Viver sem insegurança!...

Apetece-me colorir o céu...
Vesti-lo com um véu!...

Apetece-me chamar as estrelas para conversar...
Sem nada falar!...

Apetece-me agir sem pensar!...

Apetece-me acordar sem dormir!...

Apetece-me viver sem existir!...

Apetece-me beber palavras em copos de cristal!...

Apetece-me estar aqui!!!...

Apetece-me sentar no parapeito da janela e olhar o céu em silêncio,
Contemplar as estrelas,
Sentir-me envolvida pela luz da lua!...

Apetece-me sorrir, em vez de chorar!...

Apetece-me brincar,

Apetece-me correr,

Apetece-me soltar as amarras,
E, simplesmente, deixar-me levar ao sabor de um vento que me leve a porto seguro, onde possa voltar a sorrir...

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Escrevo para afastar a ausência...



Escrevo para afastar a ausência.
Eventualmente, toda a minha escrita nasce e morre em ti... Corre para ti como um rio para o mar.

O sono há muito que me abandonou, ou melhor, a vontade de dormir... Porque o teu corpo não está deitado na cama, com um sorriso rasgado e um convite maroto para me deitar ao teu lado.
Na verdade o teu corpo não está em divisão nenhuma da casa... Está a quilómetros de distância...
E, no entanto, tenho o teu perfume a cobrir-me a pele...

Queria poder dizer milhares de vezes todas as palavras que pudessem expressar o que sinto... Nunca as digo... Nunca as disse...
Quando pareço reunir coragem para as pronunciar, são horas de partires e levares contigo pedaços de mim e da minha escrita...

Fico sempre à espera...
À espera que as pontas dos meus dedos falem mais alto que eu...
Que os meus braços te enlacem com a força suficiente para tu entenderes que só tu fazes sentido para mim... Que só tu és o meu sentido...

Porquê, meu Amor, não consigo eu embalar-te na poesia das minhas próprias palavras?...
Porque só sei escrever num grito mudo de Amor?
Secretamente, desejo que me leias, me entendas, me abraces... Me invadas...

Vivo com o medo de te perder para sempre, preso na garganta, a transpirar-me pelos poros...
O abandono vive nos meus olhos e não nos lábios... E é por isso que te dou os lábios numa fome devoradora e afasto o olhar para sussurrar palavras de Amor...

Sou cobarde, Amor...
Porque tenho medo da intensidade do laço que me une a ti...
E ainda assim, perco-me em ti sempre que te tenho perto...
Sempre que penso que me devia manter mais longe, mais fora do alcance da dor, tu apertas-me contra o teu peito e o teu cheiro faz-me esquecer a prudência.

Eu não quero ir para lugar nenhum onde tu não estejas...
Mas estou aqui... Longe...
E, no entanto, dolorosamente perto...
E escrevo, para afastar a ausência...



Hana Pestle - Need

I'm not quite sure how to breathe without you here
I'm not quite sure if I'm ready to say goodbye to all we were
Be with me
Stay with me
Just for now
Let the time decide
When I won't need you

My hand searches for your hand
In a dark room
I can't find you
Help me
Are you looking for me?

Can I feel anyore?
Lie to me, I'm fading
I can't drop you
Tell me, I don't need you

My hand searches for your hand
In a dark room
I can't find you
Help me
Are you looking for me?

Etch this into my brain for me
Tell me, how it's supposed to be
Where everything will go
And how I'll be without you by my side

My hand searches for your hand
In a dark room
I can't find you
Help me
Are you looking for me?

My hand searches for your hand
In a dark room
I can't find you
Help me
Are you looking for me?



terça-feira, 16 de junho de 2009

Esta noite sonhei contigo...



Esta noite sonhei contigo...
Esta noite estiveste mais perto do que nunca...
Tão perto que senti o teu cheiro.

Esta noite sonhei contigo...
Encontrei-te no meio de tantos destinos possíveis...
De entre tantos sonhos que a minha mente poderia ter criado, foi contigo que sonhei.

Esta noite sonhei contigo...
Com o teu beijo e o teu abraço,
Com a tua cumplicidade e o teu carinho...

Era tão real...

Podia sentir o teu cheiro e provar o teu beijo.
Podia tocar o teu rosto e acariciar os teus cabelos.
O meu vazio foi preenchido...
A minha Alma acalmou-se com a tua presença na minha mente.

Desejei o infinito da noite...
Quem precisa do dia quando te tem a Ti como sonho?
Desejei dormir pela eternidade...

Esta noite sonhei contigo...

O teu perfume inundava a noite...
Cheiravas a luar e tinhas vindo das estrelas...
Deitaste-te ao meu lado,
E envolveste-me no teu calor...

Todas as noites, vens ter comigo,
E ficamos abraçados em silêncio...
Eu conheço as tuas palavras,
E tu conheces as minhas...

Mas as palavras não podem amar,
E isso, sei eu bem,
Pois nenhuma delas me sabe aos teus lábios
Quando tu não estás aqui.

Ao olhar para a Lua sei que tudo foi um sonho...
Sei, porque lembro-me do momento que acordei, os primeiros raios de sol a iluminarem as minhas lágrimas, o meu sorriso...
E uma voz sussurra-me, onde já a ouvi antes, sussurra-me algo que não esqueço, que me abre novamente a porta para o Mundo, para onde não estás, para onde não te encontro, para onde não te consigo ver, onde apenas esta Lua te sorri e eu, no meu sonho...
E esta voz que me sussurra e diz: "Os sonhos são para a noite... De manhã, começa tudo de novo."

Esta noite sonhei contigo...
E quando acordei,
Vi e senti que estava sozinha...
Não sei onde estás,
Mas sei que estiveste por perto.


(Pela Eternidade eu dormiria... Para contigo poder sonhar!...)

Uma carta para Ti, Meu Amor...



Sussurra baixinho o meu nome, como só tu o sabes dizer...
Sussurra-o, no silêncio da noite, longe de mim, sussurra-o uma vez mais...
Faz isso por mim!...

Que importa agora o resto, quando o resto já foi tudo?
De que me valem as lembranças de um sorriso teu?
Um sorriso que agora não é meu...

De que me vale chorar, se as lágrimas secam ao sol da tristeza?

Sou um mero Ser nos teus braços,
E prefiro deixar de o ser, quem sabe, talvez à espera de morrer...

Não são as palavras que descrevem o autor, mas sim o fruto de um amargo Amor!...

Um sorriso teu,
E um beijo que nunca chegou a ser meu...

Meu Amor, segura nas mãos a água que chorei...
São lágrimas, são restos de mim que gostava que guardasses!...

Não olhes assim para mim, por favor...!
Quando olho para os teus olhos, vejo coisas que mais ninguém vê...
São brilhantes, são beijados pelas estrelas...

Foste talvez um sonho...
E depois?!?!

Não foi o tempo, nem os segredos que guardámos...
Não foram os dias, ou tristezas ou alegrias...
Não foi o suor de dois corpos, ou o calor de um beijo...
Não foram as palavras, ou as saudades...
Nada teve culpa!...

Julguei que o mar tivesse levado consigo essa estranha forma de amar...
Perguntei ao vento se um dia te voltaria a encontrar...
E caí na areia, sem respostas,
Desisti, não é fácil encontrar-te...

Foste talvez um sonho de um pobre autor, desvanecido pela loucura do que escreveu...
De alguém que bebeu tudo o que era meu,
E que agora partiu sem saber sequer o que é seu...


É uma Carta para Ti, meu Amor...
Se a encontrares, volta, por favor.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Trinta e... pouquinhos =)



Pois é, calha a todos e hoje calha-me a mim completar mais um aniversário =)

A todos os Amigos, Conhecidos, Colegas, Seguidores do meu Blog, a TODOS os que, por um ou outro motivo estiveram ou estão presentes na minha Vida, um MUITO OBRIGADA por se lembrarem de mim neste Meu Dia e pelas várias manifestações de carinho que me têm feito chegar =)

Para TODOS vocês que fazem parte de Mim, da minha Vida e que, mal ou bem, fizeram de Mim o que sou Hoje, deixo um Beijo Enorme e um Abraço bem apertado =) *

terça-feira, 26 de maio de 2009

O Meu Pecado Favorito



Estou perdida por ti e em ti...
Mas ainda nem senti o teu corpo,
Nem provei o teu beijo...
Apenas a tua imagem nos meus desejos...

És o fogo que as minhas veias incendeia,
A luz que os meus passos ilumina...
Seduzes-me, alucinas-me...
Meu doce perigo.

Os sentidos tornam-se num só,
Nesse meu momento de fraqueza...

Delírio de um pecado,
Um Doce Pecado...

És meu fruto proibido,
O jardim onde não posso entrar...

És o meu sonho escondido...
És o meu pecado favorito.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Sensível ao toque...



Hoje sinto-me mais sensível ao toque...

Na pele percorrem-me dedos que nunca antes me tinham tocado...

Sinto carícias...
Mas poderá ser o vento...

Apoiamo-nos contra a escarpa firme,
E beijamo-nos ao de leve...

As ondas quebram frenéticas nas rochas,
E os nossos corações consomem-se na mesma arritmia nervosa...

Damos sequência a actos inconsequentes...

E, de olhos bem fechados, confundo-te com o mar...

sábado, 23 de maio de 2009

Para Ti, Meu Filhote :)




Filhote,

Hoje, no Teu dia, escrevo para TI!!!

Quanta ternura me inspiras!
Observo-Te, a cada pequeno gesto Teu e penso:
“És o Meu pequeno,
A Minha Grande Razão de Ser!”

A Tua pele clara e macia,
O Teu sorriso,
A Tua simpatia...

És um presente que ganhei
E que nem sei se mereço...

Já foste tão pequenino,
Menor que um grão de areia...
E dentro de Mim,
Senti-Te crescer...
E, agora, aqui Estás,
Grande, sereno...
Esperto, inteligente e tão tagarela...

Como te amo, Filhote!!!
E como agradeço a Deus, todos os dias,
Por me permitir vivenciar a Felicidade imensa de Te ter como Meu Filho!!!

Neste Teu dia, Meu Filho,
Agradeço-Te a Honra de seres Meu Filho,
Agradeço-Te o Orgulho que tenho em Ti,
Agradeço-Te a Tua existência,
Agradeço-Te a alegria que me dás todos os dias!!!

Neste Teu dia, Meu Filho,
Quero olhar-Te com imenso carinho
E pensar no quanto significas para Mim!
És a minha Vida, o meu Mundo, o meu Tudo!!!

Sou Tua Mãe, porque Tu existes e sempre o serei, enquanto viver, mesmo que deste Mundo já tenha partido!
Sou Tua Mãe, não sou apenas Mãe!
Sou Mãe, porque Te gerei, porque Te vejo crescer todos os dias,
E, todos os dias, o meu orgulho em Ti cresce Contigo!

Neste Teu dia, Meu Filho,
Quero que saibas que quero ser Tua amiga,
Tua confidente...
Quero ajudar-Te em tudo,
Dar-Te tudo,
Oferecer-Te a minha mão,
Observar o Teu olhar e ter a alegria de ver o Teu sorriso, sempre!
Quero ajudar-Te a trilhar o Teu caminho, respeitando a Tua liberdade,
Não Te direccionando, mas acompanhado-Te.
Quero oferecer-Te todos os meus momentos,
Pois, sem ti, jamais os teria!!!

Quero, Contigo, crescer como Mãe,
Aprender a cada dia o “papel” que Contigo desempenho há 12 anos.

Neste Teu dia, Meu Filho,
Agradeço-Te por existires,
Por fazeres de mim a Mãe mais feliz do Mundo,
Pela honra e orgulho que tenho em ser TUA Mãe.


AMO-TE MUITO, MEU FILHOTE LINDO!!!

FELIZ 12º ANIVERSÁRIO!!!

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Por um momento apenas...



...Quero um bocadinho de tempo para poder descansar esse peso do Mundo que sinto, neste momento, nos meus ombros...

Um tempo onde não me perguntem nada, nem me peçam nada, apenas me permitam o direito de dar vazão ao pranto que tenho vindo a engolir com o nascer do sol, enquanto visto a máscara de "Olhem como sou forte!"...


Quero ser a criança que pode chorar livremente até que me peguem ao colo, restabelecendo assim, o equilíbrio que necessito para dormir em paz...

Quero aventurar-me na busca dos sonhos, sem ter que vê-los pintados com as cores do desânimo, ou coloridos com as cores do impossível...

Quero ter companheirismo também nas horas em que tudo parece perdido, e encontrar apenas um ombro onde possa repousar o meu cansaço, um ombro que seja silêncio e carinho...

Quero deixar que me invada toda a dor do Mundo, neste instante, porque ela é minha, real e única, mesmo que eu ainda não saiba lidar com ela...

E quero poder dizer :
- Dói, sim!!!

Sem alarmar ninguém, causando uma revolução tão grande que o meu mundo pareça ainda mais desabitado. Será possível?


Daqui a pouco, tudo vai parecer diferente e novo, eu sei.
Vou secar os olhos e vou à luta outra vez e da dor hei-de ressurgir mais forte...
Porque sou noventa e nove por cento de matéria que dificilmente se desintegra...


Então, por favor, por um momento apenas, neste meu pequeno momento humano, neste "por cento" de fragilidade, quero ser igual a toda a gente e chorar...

Por um momento apenas...

domingo, 17 de maio de 2009

Estilhaços ao vento



Ausentes...
Os cheiros...
Os olhares...
Os gostos...

Apenas fiquei...
Maga e sacerdotiza do Meu próprio Destino...
Despida...

A força e a Alma ainda escrevem o caminho...
Ardo na fogueira de um fogo que foi Meu...

Condenada a ser Eu...
Para sempre, somente Eu...

Bebo a coragem que Sou,
Sorvo as lágrimas...
Sem rasgos de audácia...
Sem...

Apenas Eu...

Rasgo pensamentos...
Destruo memórias...
Esqueço-Me lentamente...

Reconstruo-Me,
Dentro doutro Mundo,
Num outro espelho...

Incendeio estilhaços ao vento...

Deixo que do Fogo nasça uma nova Luz...
Uma nova claridade...
Que Me inunde a Alma, Me possua o corpo...
E Me renove o Ser.

domingo, 10 de maio de 2009

Ai, se eu pudesse...



Se eu pudesse...
Sentir-te-ia, por um momento sem fim,
Ter-te em mim e para mim...

Se eu pudesse...
Levar-te-ia para bem longe,
Sem o Ontem, sem o Amanhã, sem pausas...

Se eu pudesse...
Se eu pudesse ter tudo o que quero agora...
Queria-te para mim,
Em mim, para um momento sem fim.

Ai, se eu pudesse...



segunda-feira, 27 de abril de 2009

Testamento...



Deixo-te o silêncio,
Para que saibas ouvir o Infinito.

Deixo-te o sorriso,
Para que saibas inventar a Alegria.

Deixo-te um abraço,
Para que saibas sentir a Ternura.

Deixo-te o olhar largo e vasto,
Para que aprendas a ver Além de Ti.

Deixo-te palavras por escrever,
Para que com elas construas pontes.

Deixo-te a mão aberta, nua,
Para que, com a sua ajuda, subas mais alto.

Deixo-te o silêncio, pleno de burburinho,
Para que, com ele, saibas ouvir o que tem valor.

Deixo-te as palavras que escrevi,
Para que delas, tires o que valer a pena.

Deixo-te o olhar vago de quem quis ser único,
Para que, por ele, saibas o tamanho da solidariedade.

Deixo-te as palavras que fui alinhando,
Para que por elas, percebas quem fui.

Deixo-te o pouco e sem valor que escrevi,
Para que possas amar as palavras,
Que constroem o diálogo e vencem o inconformismo.

Deixo-te em testamento letras dum alfabeto,
Sem alinhamento ou sequência,
Porque é assim que a vida flui,
Mesmo quando, teimosamente, a queremos alinhada em fileiras de submissão.

Deixo-te o que Fui, em Tudo o que Sou...
E, se nada tiver valor,
Não te esqueças nunca:
Que te amei!

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Novo sentir



Perdi as respostas óbvias que sustentavam todo o meu ser...
Abro as mãos...
Restam-me as linhas da vida, escritas em mapas de pele...
Linhas que se escrevem sem que eu peça ou ordene...

A Vida segue o curso óbvio...
O Destino cumpre-se...
Espero e contemplo...
Perdi o controlo...
Obedeço...
Curvo-me em derradeira contemplação...

As palavras cambiam lentamente na sua génese...
Transformam-se e escapam-se-me por entre os dedos...
Os olhos já não me trazem o Mundo...
Fazem-me olhar para bem dentro de Mim...
Fazem-me mergulhar em pensamentos, sentimentos e sensações...
Fazem-me reviver momentos perdidos, trazendo-me cores e cheiros omissos...

Sei e vejo...
Vejo-me aqui, tão longe...

A vontade impera e volto a estar de onde fugi...
Silêncio...
Este silêncio que eu própria construí...

Inauguro uma nova ponte até Ti...

Viajo rumo ao Passado, mordo a Saudade, bebo os erros e a Felicidade...
Sem arrependimento, abraço a nostalgia das lembranças que ainda vivem no meu peito...

Perdi as verdades absolutas que me guiavam...
Rumo em direcção ao Futuro...

Sinto este “novo sentir” que ainda não sei interpretar...
Saboreio o medo do desconhecido e faço-me forte...
Caminho em frente, camuflada do Mundo...

Destruo a nova ponte...

Sigo em frente...
Ainda com as tuas tatuagens em mim...

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Desconheço-me!



Desconheço o selo com que lacro esta incapacidade de sentir...
Desconheço-me!

Fecho atrás de mim todas as portas.
Esqueço todas as lacunas.
Apago todos os beijos e abraços.
Rasgo as lembranças.
Perco as flores.
Pinto uma parede branca cheia de ausências, vazia de vida,
À espera de ser preenchida.

Desconheço a tinta...
Odeio este branco com que apaguei todas as memórias...
Desconheço as mãos que me levaram para longe as flores...

Abandono quem fui.
Esqueço todos os desejos.
Esqueço a Alma.
Pago o preço da paz.
Transformo-me numa boneca de pano velha e desbotada...

Desconheço-me!

domingo, 12 de abril de 2009

Nos braços de um Anjo...



A tua presença na minha Vida, onde quer que estejas...

Tão leve, mas tão delicado quanto o toque das nuvens...
Tão breve, mas tão profundo quanto o universo...
Tão sincero quanto as lágrimas que insistem em cair-me...

O que eu vejo, ainda que com perfeccionismo descrito,
Jamais seria passível de uma explicação considerável...
Nem mesmo eu consigo suportar com total sanidade todos os momentos,
Risos, sorrisos, detalhes dos momentos que vivencio...

Por tal me desculpo, ao passo que não sou capaz de expor toda a minha felicidade...

Explode em mim esta sensação dominante...
Este meu 'Eu' abrangente...
Esta minha vida de vitórias, de derrotas,
De altos, de baixos, de “inconclusões” com final comum...

Sei o que quero!
Não sei até onde vou!
A minha ousadia é temida pelo meu âmago...
É sentida pelos meus sentidos...
É encarada pelo meu sorriso...

As minhas lágrimas são o fruto das mais nobres emoções que posso eclodir...
Elas escorrem e levam de mim as lembranças tristes que no passado repousam, as feridas adormecidas...

Quando a mim me for dada a oportunidade da compreensão,
Então estarei disposta a arriscar aquilo que ainda não arrisquei...
Dia após dia...

Nos braços de um Anjo,
Se encontram os meus sonhos...
Nos braços de um Anjo,
Se encontram os meus desejos...
Nos braços de um Anjo,
Eu me encontro perdida...

Este Anjo, secreto para mim,
Este Anjo, que me acolhe em seus braços,
Nos meus momentos de devaneios lúcidos...
Ele que me tem por inteira,
Que sabe o que existe no fundo da minha Alma...
Ele que zela por mim,
Como que por um bebé frágil e dependente de seu Amor...

Desconheço como é o seu rosto,
Para mim ele é só um pensamento,
Um sonho abafado pela realidade gritante...
Mas sei que é real,
Pois sinto-o em todo o meu ser,
De uma maneira intensa, plena, suave, real...


Eu estou nos braços de um Anjo...

E nos braços de um Anjo eu quero morrer,
O mesmo Anjo que Anjo me tornará,
Porque a sua asa com a minha se completará...



sexta-feira, 20 de março de 2009

Pai...



O texto que passo a transcrever abaixo tem 5 anos e, ainda hoje, é verdadeiro e retirado do fundo do meu coração.
A situação mantém-se, apenas acrescendo à mesma mais 5 anos...
Como é possível a um Pai não ver um filho por tanto tempo, não sei e duvido que algum Pai que, realmente, o seja consiga explicar...
O meu Filho tem quase 12 anos e, desde que nasceu, nunca teve um Pai presente. Essa pouca presença, com o passar dos anos, acabou por se tornar em ausência total e assim se mantém até hoje.
Sim, nem um telefonema, uma visita... Nada de nada!
Faço o possível e o impossível para que essa ausência não seja sentida pelo meu Filho, tento ser Mãe e Pai ao mesmo tempo, mas não sei até que ponto o consegui... Talvez só no futuro consiga saber até que ponto tive sucesso...
Neste momento, garanto que o meu Filho é a minha Vida e o meu maior orgulho pois, além de ser o meu menino, tem-se demonstrado um excelente aluno e um grande ser humano, apesar de tão pouca idade.
Agradeço tudo o que me tem dado em troca do pouco que lhe posso dar, pois tenho plena consciência que não posso ser o seu Pai, apesar de todos os dias o tentar...
A mim, resta-me a culpa de não ter escolhido o melhor para o meu Filho, apesar de só querer dar-lhe o melhor... Falhei, talvez num dos aspectos mais importantes da sua Vida e é por isso que tento, todos os dias, colmatar essa minha falha com todo o meu Amor.


Sim, eu sei que o Dia do Pai foi na passada 6ª Feira, mas o que me impediu de escrever sobre este assunto foi mesmo a angústia de saber o quanto me magoa saber que eu sou feliz por ter um Pai sempre a meu lado que sempre me apoia e apoiou em tudo, apesar das asneiras que já fiz e que eu não fui capaz de dar essa mesma felicidade ao meu filho!!!

Sim, fui Mãe muito cedo e, talvez por isso mesmo, não soube escolher o Pai ideal para o meu Filho!
Sinto ódio de mim mesma por isso mesmo e é esse sentimento que carrego comigo todos os dias.
O sentimento de saber que o meu filho não teve, não tem e nem nunca terá a seu lado o seu Pai, aquele que lhe deu a vida em conjunto comigo e que, apesar dos laços de sangue que partilham, não o vê há mais de um ano!
Esse sentimento que se transforma numa revolta interior e que me consome todos os dias!!! Um sentimento de revolta e impotência por não conseguir dar tão simples sentimento ao meu Filho!!!

Na passada 6ª Feira, esse misto de sentimentos foi mais intenso pois, o meu filho entrou para a escola oficial este ano e, como todas as crianças teria de fazer um trabalho na escola para oferecer ao Pai...que não tem, pelo menos não em presença!...
E foi isso que aconteceu: o meu Filho pintou e recortou uma carrinha cheia de crianças felizes a que chamou a “carrinha da alegria”, a qual, em forma de envelope, tinha dentro um pano de flanela com a sua mão pintada e o seu nome escrito!!!
A quem daria o meu Filho tal presente???
Ao chegar a casa à noite, mais uma vez o meu Filho, de tão tenra idade, me surpreendeu ao dizer: “ -Mãe, queres ver o presente que fiz para o meu Avô??? “.
Confesso que foi com as lágrimas nos olhos que acedi e disse “ – Sim, Amorzinho! Claro que quero! “.
Foi então que o meu filho foi buscar a “carrinha da alegria” com o pano de flanela em que deixara a marca da sua mãozinha com o seu nome e me disse: “ –Vês, Mãe? Foi este o presente que fizemos na escola para oferecer aos nossos Pais. Como eu não tenho o meu, ofereci ao teu! “.
Nem imaginam o quanto me foi difícil evitar que uma lágrima rolasse pela minha cara, mas consegui e, a muito custo, respondi-lhe: “ – Filho, tu tens Pai, só que ele não está presente, só isso! “, ao que o meu Filho respondeu: “ –Sim, eu sei. Mas se ele não me vem ver é porque não quer e eu também não quero saber disso! O teu Pai é meu Pai também e tu és a minha Mãe!!!”.

Que se pode dizer de tão duras e, ao mesmo tempo, doces e sinceras palavras vindas da boca de uma criança que ainda não tem 7 anos??? Não sei, nem soube na altura e, por isso mesmo, não respondi e apenas lhe dei um beijo e um enorme abraço, tentando esconder as lágrimas que teimaram em cair...
A resposta que tive do meu Filho foi um abraço apertado e reconfortante e um “ –Oh, Mãe...”. Só vos posso dizer que o meu coração ficou muito apertado, quase tanto como o abraço que dei ao meu Filho, e a Tristeza de não lhe poder dar a presença do Pai naquele dia, naquela noite, transformou-se na Alegria que senti de ter o meu Filho ali, tão junto a mim!!!

Pais, por favor, não deixem de estar presentes na vida dos vossos Filhos e deixem-se surpreender por todas a reacções deste tipo que vos dão forças para continuar a viver!
Pensem bem antes de decidirem ser Pais, só por ser!
Sejam mais presentes na vida dos vossos Filhos, mesmo que para isso tenham de percorrer quilómetros para os verem! Lembrem-se de que eles não têm culpa dos Pais e Mães que têm e nem pediram para vir ao Mundo!!!
Sejam felizes e façam os vossos Filhos felizes!!!




Em jeito de conclusão, e porque ontem foi o seu dia, agradeço ao meu Pai por sempre ter estado ao meu lado, sempre me ter apoiado, no bem e no mal, e por me dar esperança para acreditar que ainda existem Pais que merecem este nome, tal como o meu!

Amo-te muito, Pai!
Tenho muito orgulho em te chamar “Pai”, tenho muito orgulho em ser tua filha!
Obrigada por existires e por seres meu Pai!!!

terça-feira, 10 de março de 2009

- Quem és tu?


- Quem és tu?

Que vieste mudar tudo,
Sem perguntar se podias...
Que trouxeste vida,
De volta aos meus dias...

Não te conheço,
Ouço a tua voz,
Mas não entendo as tuas palavras...

Fascina-me a tua pele,
O movimento dos teus lábios,
A história por trás do brilho dos teus olhos...

- Quem és tu?

Que estranho poder tens sobre mim,
Que, num instante, me leva ao céu...

- Quem és tu?

Delicado anjo,
Que me fazes sorrir,
Só com um olhar...

Não te conheço...

- Quem és tu?

Que és tudo o que quero,
E tudo o que não tenho e nem posso ter...

- Quem és tu?
Que hoje não te conheço...

sábado, 7 de março de 2009

MULHER



MULHER
Substantivo feminino que significa: pessoa adulta do sexo feminino; pessoa do sexo feminino depois da puberdade; companheira; amante.

Será que não diz tudo???
Companheira nas horas boas e más, amante nos melhores e mais íntimos momentos...
Que está sempre lá, que existe para dar Vida a Homens e Mulheres!

Porquê tanta (in)diferença entre Homens e Mulheres???


Citando:
“Marcada ainda pelos dogmas católicos, este ser maravilhoso parece condenado a penitenciar por um pecado original de uma Eva que nunca pecou, enquanto Adão, o verdadeiro responsável, permanece impune. A Mulher pode ter muitos defeitos, mas no que respeita ao pecado e à maldade, acredito que fique bem atrás do homem.“.


Se a história de Adão e Eva é verídica, nós, Mulheres, somos o significado da aventura e da descoberta do Mundo.
A maçã foi o apetite que se transformou em gula para as emoções do Amor... Amor que se criou na Eva e se manifestou na malícia insegura ou na maliciosa insegurança ou na maliciosa ingenuidade que levou Adão ao Pecado... Se é que pode ser mesmo considerado pecado...

O feminismo... Que algumas vezes se apresenta como partido político... Ou movimento de disputa da masculinidade... Ou movimento das frustradas amorosas... Não é exactamente este o seu carisma.
O feminismo da intelectualidade, da capacitação, da dignificação do sexo, da igualdade entre as pessoas, independentemente do sexo, este é o nosso destino.

Da análise do Génesis, constata-se que Deus criou o Mundo dentro de uma sequência de perfeição de formas e de funções.
Depois de ter criado o Homem, não satisfeito, criou ainda a Mulher.
Para harmonizar a sua criação não a criou de nenhuma matéria isolada, mas criou-a do meio de Adão... Nem da cabeça para que não fosse tirana, nem dos pés para que não fosse escrava, nem dos genitais para que não fosse somente o prazer, mas do peito, onde está o coração, fonte da vida que alimenta todo o corpo e vibra com as emoções das alegrias e das tristezas.
E na operação da criação não foi só tirada uma costela de Adão, com ela veio um pedaço do coração que faz com que cada Homem procure o pedaço de coração que lhe falta.

À Mulher, foi dado o dom da amamentação, não na barriga, mas exactamente no peito, junto ao coração, o mesmo coração símbolo do Amor para aconchegar a cria junto à face e fazer com que aquele que dela colhe a vida sinta o seu respirar, os seus murmúrios de carinho, o seu palpitar, no alento dos braços macios e corajosos.


A VERDADEIRA HISTÓRIA DA MULHER

Conta uma lenda que no princípio do Mundo, quando Deus decidiu criar a Mulher, viu que havia esgotado todos os materiais sólidos no Homem e não tinha mais do que dispôr.
Diante deste dilema e depois de uma profunda meditação, fez isto:

Pegou a forma arredondada da lua, as suaves curvas das ondas, a terna aderência das bromélias, o trémulo movimento das folhas, a forma esbelta da palmeira, a nuance delicada das flores, o amoroso olhar do cervo, a alegria do raio de sol e as gotas do choro das nuvens, a inconstância do vento e a fidelidade do cão, a timidez da tartaruga e a vaidade do pavão, a suavidade da pena do cisne e a dureza do diamante, a doçura da pomba e a crueldade do tigre, o ardor do fogo e a frieza da neve.

Misturou ingredientes tão diferentes, formou a Mulher e deu-a ao Homem.

Depois de uma semana veio o homem e disse-lhe:
- Senhor, a criatura que me deste faz-me desgostoso:
- quer toda minha atenção,
- nunca me deixa sozinho,
- fala sem parar,
- chora sem motivo,
- diverte-se em fazer-me sofrer...
- Venho devolvê-la porque NÃO POSSO VIVER COM ELA.

“Bem...”, respondeu Deus e pegou na Mulher.

Passou-se outra semana, o homem voltou e disse-lhe:
- Senhor, encontro-me muito sozinho desde que eu devolvi a criatura que fizeste para mim, ela cantava e brincava ao meu lado, olhava-me com ternura e o seu olhar era uma carícia, ria e seu riso era música, era bonita de se ver e suave ao tacto.
- Devolve-ma, porque NÃO POSSO VIVER SEM ELA!!!



Elas sorriem quando querem gritar.
Elas cantam quando querem chorar.
Elas choram quando estão felizes.
E riem quando estão nervosas.

Elas brigam por aquilo que acreditam.
Elas levantam-se para injustiça.
Elas não levam "não" como resposta,
Quando acreditam que existe melhor solução.

Elas andam sem novos sapatos,
Para suas crianças poderem tê-los.
Elas vão ao médico com uma amiga assustada.
Elas amam incondicionalmente.

Elas choram quando suas crianças adoecem
E se alegram quando suas crianças ganham prémios.
Elas ficam contentes,
Quando ouvem sobre um aniversário ou um novo casamento.


[Pablo Neruda]

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Procura-me...



Procura-me, como se procurasses no escuro...
Tacteia...

Procura-me no silêncio dum caminho sem destino...

Procura-me nos teus olhos que me olharam fixamente!
Eu estarei lá, a imagem que guardaste e que revelas,
Quando a memória despertar e tu acordares para a saudade.

Procura-me no sabor lascivo dos teus lábios...

Procura-me no sabor amargo duma lágrima órfã,
Que veio lavrar um risco incerto, na tua face...

Procura-me...
Mesmo que não me encontres eu estarei lá!


Procura-me,
Perdida dentro de ti,
Onde só tu me podes encontrar...

Procura-me e dá-me a mão, faz-me tua outra vez...
Talvez assim, eu seja eu novamente...

Procura-me...

E, numa explosão de vontades,
E, numa infinidade de desejos,
Numa avalanche de sentidos...

Eu ressuscite...
Para ti!...

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Estou cansada...



Estou cansada de olhar o mundo pela janela,
De ver a vida correr lá fora,
De ouvir os sons da rua filtrados pelos vidros, pelas paredes, pelas portas...

Cansada de ter como ponte para o exterior uma caixa de imagens desprezíveis, desinteressantes...

Estou tão cansada de tudo e de todos que submirjo ávida nas letras dos livros,
Que me devolvem a sanidade,
Que me levam a viver outras vidas,
A sonhar outros sonhos,
A sofrer de paixão,
A amar incondicionalmente,
A chorar outras lágrimas,
E a esquecer-me das minhas...


São elas, as letras,
Que me fazem voar,
Soltar-me da Terra,
Sorver em fortes golfadas os ventos do mar,
Envolver-me na sua espuma,
Enredar-me nas suas ondas,
Vestir-me de algas,
Visitar os seus segredos...
E encontrar-me entre o sal das ondas e o das lágrimas,
Desta vez das minhas, soltas na solidão...


[Estou cansada de mim e do meu espírito de luta, da minha entrega, do meu querer...
Ensina-me a esquecer-te e eu ensino-te a amar...
Pode ser?]

sábado, 17 de janeiro de 2009

Esperas por mim?



Quiseste dispor das tuas palavras e dizer-me que “isto” é mais forte que aquilo que chamam de “Paixão”...
Chamaste-lhe “Amor”...

Será que é mesmo Amor?

Lamento que te coloque tantas dúvidas...
Lamento que te desacredite...

Sinto a tua falta quando não te tenho ao meu lado, confesso...
Mas nem sempre tal é possível...
Nem sempre te posso ter a meu lado, nem sempre podes estar a meu lado...
Comprava a tua companhia... Qual é mesmo o preço dela?

Posso partilhar dessa tua alegria?
Não me quero intrometer... Não quero invadir nada nem ninguém...
Queria apenas conseguir quebrar esta solidão, derrubar estas barreiras que a Vida me obrigou a erguer, cada vez mais fortes e mais altas...

Estamos afastados, eu sei...

As minhas dúvidas começam a ganhar forças e eu começo a perdê-las...
Queria lutar contra a dúvida, mas sinto-me fraca perante a sua força...
Não sei se consigo…
Desculpa…
Eu sei que consigo...

Dás-me tempo?
Esperas por mim?
Pode ser no fundo da rua... Eu vou lá ter contigo... Prometo que sim...
É capaz de demorar algum tempo...
Estás disposto a esperar?
Diz-me que sim. Por favor, diz-me que sim!... Que esperas por mim...

Por vezes, sinto-me desamparada...

Eu sei que te mereço e que tu me mereces...
Sei que as nossas vidas tinham de se cruzar, inevitavelmente...
Provavelmente não foi a altura certa para que tal encontro acontecesse...
Ou se calhar estou a ser testada... Mais uma vez...
A Vida tem-se-me revelado um teste... Ou melhor, vários... Um após outro... E eu vou-os resolvendo, um a um...
Até agora, tenho-me safado... Ou talvez não...
Certamente que nem sempre foi sozinha...
Usei algumas vezes cábulas que a Vida me foi dando...

Tens mesmo tanta paciência para mim?

Quando alguém toca um instrumento, demora tempo a habituar-se a ele...
Passa dias e noites, agarrado a ele, a descobrir o que de bom ele pode trazer, que som sai dele...
Pega em mim, como se eu fosse esse mesmo instrumento...
Passa horas comigo...
Tenta encontrar em mim, aquilo que encontras na tua guitarra... A harmonia de sons...
Adormece-me, com carícias...
Acorda-me com um beijo...
Mãos pelo corpo e um sorriso...
Luta por mim...
Mostra-me quem és...
Dá-me a conhecer a tua essência...

Esperas por mim?
Pode ser no fundo da rua...
Eu vou lá ter contigo...
Prometo que sim!...

sábado, 10 de janeiro de 2009

Querer...



E porque não querer sempre mais?

Porque não encher o copo?

Porque não sair pela porta e correr cada vez mais para metas diferentes?


Não, claro que não quero ser assim!
Alguém assim, que não sonha...
Alguém que não quer...
Alguém que não abandona o conforto e a segurança...
Alguém que não sente o calor percorrer-lhe as veias e não voa em direcção ao horizonte, deixando para trás as brasas da lareira adormecida...
Alguém que julga que viver é somente respirar...


Não!!!

Quero arriscar e experimentar!
Quero provar o sol e beber do mar!
Quero sentir o silêncio debaixo de água e o som do vento!
Quero correr até me cansar e cansar-me de tanto querer!
Quero poder escolher! Escolher isto ou aquilo... Este ou aquele...
Quero escolher entre o cetim dos lençóis e a seda dos teus lábios... Entre o morno do crepúsculo e o arrepio da tua pele...

Quer poder desejar e escolher o que desejo!

Quero querer!!!

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Certezas



“Não quero alguém que morra de amor por mim...
Só preciso de alguém que viva por mim, que queira estar junto de mim, me abraçando.
Não exijo que esse alguém me ame como eu o amo, quero apenas que me ame, não me importando com que intensidade.

Não tenho a pretensão de que todas as pessoas que gosto, gostem de mim...
Nem que eu faça a falta que elas me fazem, o importante pra mim é saber que eu, em algum momento, fui insubstituível...
E que esse momento será inesquecível...

Só quero que meu sentimento seja valorizado.

Quero sempre poder ter um sorriso estampando em meu rosto, mesmo quando a situação não for muito alegre...
E que esse meu sorriso consiga transmitir paz para os que estiverem ao meu redor.

Quero poder fechar meus olhos e imaginar alguém...
E poder ter a absoluta certeza de que esse alguém também pensa em mim, quando fecha os olhos, que faço falta quando não estou por perto.

Queria ter a certeza de que apesar de minhas renúncias e loucuras, alguém me valoriza pelo que sou, não pelo que tenho...
Que me veja como um ser humano completo, que abusa demais dos bons sentimentos que a vida lhe proporciona, que dê valor ao que realmente importa, que é meu sentimento... E não brinque com ele.
E que esse alguém me peça para que eu nunca mude, para que eu nunca cresça, para que eu seja sempre eu mesmo.

Não quero brigar com o mundo, mas se um dia isso acontecer, quero ter forças suficientes para mostrar a ele que o amor existe...
Que ele é superior ao ódio e ao rancor, e que não existe vitória sem humildade e paz.

Quero poder acreditar que mesmo se hoje eu fracassar, amanhã será outro dia, e se eu não desistir dos meus sonhos e propósitos, talvez obterei êxito e serei plenamente feliz.
Que eu nunca deixe minha esperança ser abalada por palavras pessimistas...
Que a esperança nunca me pareça um “não” que a gente teima em maquiá-lo de verde e entendê-lo como “sim”.

Quero poder ter a liberdade de dizer o que sinto a uma pessoa, de poder dizer a alguém o quanto ele é especial e importante pra mim, sem ter de me preocupar com terceiros...
Sem correr o risco de ferir uma ou mais pessoas com esse sentimento.

Quero, um dia, poder dizer às pessoas que nada foi em vão...
Que o amor existe, que vale a pena se doar às amizades e às pessoas, que a vida é bela sim, e que eu sempre dei o melhor de mim...
E que valeu a pena.”


[Mário Quintana]

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Surpreende-me...



...Faz-te de artista,

Seduz-me com palavras,

De uma língua inventada só para mim...

Mas não me ofereças flores,

Nem me fales de Amor...

É que eu já morri de amores

E sei de cor as manhas da conquista...

Rasga essa lista de frases feitas,

Lugares comuns do coração...

Surpreende-me...

...Chega do nada, inteiro...

E traz-me o Sol nas tuas mãos!

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Encontraste-me!...



Estava a desaparecer...
Estava debaixo duma árvore, com uma tempestade enorme...
Estava a gritar de desespero e tristeza...
Estava com vontade que um trovão me caísse em cima...
Estava a passar pelos olhares de todos, sem ninguém parar para me ver...
Estava sem agasalho e a tremer...
Estava a sonhar acordada...
Estava sentada na terra molhada, a tremer agarrada aos meus joelhos...
Estava a cheirar tudo à minha volta...
Estava a chorar sem ninguém ver...
Estava no meio de tanta gente, mas completamente sozinha...
Estava a falar, sem ninguém me ouvir...
Estava a olhar e ninguém me olhava...
Estava confusa, mas sabia o que estava a fazer...
Estava a olhar-me ao espelho, a criticar-me...
Estava a fincar os meus pés na terra, para ter a certeza que não ia cair...
Estava um buraco no meu peito...
Estava a passar a mão à frente dos olhos e beliscar-me, para ter a certeza que ainda estava viva...
Estava eu, patética, ingénua e triste...

No outro lado da árvore, estavas tu...
Tão sozinho quanto eu...
Tão triste, ingénuo e patético quanto eu...
Estavas à espera do amor verdadeiro... Como eu...
Estavas a tremer de frio, a rogar pragas ao destino e dizer que não sabias o que tinhas feito de mal...
Estavas com algo na mão...
Estavas a perguntar se tinham visto a dona do que trazias...
Estavas a falar para ninguém, a olhar para todos e ninguém te olhava...
Estavas a fazer perguntas ao além...
Estavas a tremer de frio e à espera do agasalho que a dona daquela coisa te iria dar...
Estavas com medo de perder a esperança...
Estavas com o olhar vazio, sem brilho...
Estavas preso a um sentimento de solidão...
Como eu...

Tu olhaste para mim...
Puseste a mão no buraco que havia no meu peito e disseste:
- És tu! Sempre vieste...

E eu... Esperei e quando olhei, nas tuas mãos estava, finalmente, o meu coração...


Estamos juntos, nesta terra de ninguém, sem saber se foi Deus que nos fez apaixonar ou se, simplesmente, estávamos destinados a ficar juntos para todo o sempre...
A verdade é que, realmente, eu encontrei-te e ao teu Amor...

Encontraste-me!!!...

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Ano Novo...



Deveria completar esta “frase feita”: Ano Novo... Vida Nova...
Pois... Não sei se assim será, mas acredito que nada se volta a repetir e, como tal, terá início um novo ano, com novas vivências, novas pessoas, novos locais, novos sentimentos (ou renovados), novos momentos, etc., etc., etc....

Em jeito de “balanço” do ano que passou, o que posso eu dizer?!
Nem sei... Aliás nem sei muito bem porque vou escrever sobre ele, mas já que comecei, assim seja...

Confesso que iniciei o ano que agora termina com muito receio, pois o anterior não correu nada bem e, assim sendo, vesti a bela da armadura e pensei que ia passar o ano sem a despir...
Como nem sempre acerto, aliás, é quase sempre o contrário, a armadura caiu, pouco depois do meio de 2008...
Aqui, e para quem me leia, assumo que deixei cair por terra todas as minhas defesas, juntamente com essa armadura... Fui, mais uma vez, fraca e faltei a promessas que tinha feito a mim mesma...
E porquê?!
Porque, por Amor, vale tudo!!!

Tinha deixado de acreditar no Amor e, acima de tudo nas pessoas...
Mas alguém me fez acreditar novamente nas pessoas e no Amor...
Hoje, a frio, analiso e concluo: Foi uma (des)ilusão!!! (Sim, porque só se desilude quem se ilude...)
Não posso afirmar que foi a altura da minha vida em que fui mais feliz, não! Sou feliz todos os dias, por viver e por ter comigo e a meu lado o bem mais precioso que alguém pode querer, a razão da minha Vida, o meu TUDO!!!
Mas posso afirmar que essa pessoa que deitou por terra todas as minhas defesas e dúvidas, essa pessoa fez-me a Mulher mais feliz do Mundo, nos nossos momentos a dois!
Mas, como nada é eterno, pois que esse “sonho” acabou, como tudo acaba...

Durante a nossa Vida, temos várias fases em que, desilusões com pessoas e/ou situações, nos fazem, pela nossa fragilidade, deixar ou reduzir a nossa capacidade e vontade de continuar e voltar a acreditar nas outras pessoas, no Amor ou em algumas amizades...
Assim, tinha, obrigatoriamente, de fazer referência a este episódio da minha Vida, neste ano que agora termina, por tudo e porque, acima de tudo, me fez aceitar o facto de que tudo é possível, seja bom ou mau, e é possível voltar a acreditar...

Nada é impossível, nada é difícil, NADA!!!
Basta querer!!!
E, acima de tudo, gostarmos de nós!
E eu, neste momento, passo por uma fase em que, sem falsas modéstias, gosto de quem vejo quando me olho ao espelho... Gosto de mim, por aquilo que sou e por aquilo que a Vida me ensinou!!!

Como costumo dizer: Sou assim, quem gosta gosta... Quem não gosta... Come só as batatinhas!!! :)
É verdade, tenho mau feitio, sou refilona, desconfiada (e muito), não deixo por dizer o que penso e sinto (doa a quem doer), mas também sei reconhecer quando erro, sou amiga de quem me merece tal sentimento, sou divertida, há quem diga que tenho energia para dar e vender...
Sou assim, é o que temos :)
Quem me quiser aceitar como sou, será muito bem-vindo(a) ainda este ano ou no próximo que está prestes a começar... Os que já fazem parte de mim, da minha Vida, e que queiram permanecer, pois já sabem com o que podem contar... Que fiquem, vocês fazem parte de mim :)

Antes de terminar esta “jornada” de desabafos, quero apenas referir mais uma pessoa que surgiu na minha Vida, quase no final deste ano de 2008... Alguém com quem me identifico bastante, alguém que já sentiu o que eu senti, que sente o que eu sinto, que, em grande parte, pensa como eu penso... Alguém que, a seu modo, já tem um cantinho só seu no meu coração... A essa pessoa, sem referir nomes, desejo tudo o que desejo para mim e agradeço o facto de ter entrado na minha Vida... A ti (sabes bem quem és), deixo um Beijo... Doce... de Mim para Ti :)

Bem, por agora chega, para o ano há mais...

A todos os meus Amigos, Amigas, colegas, conhecidos, leitores do meu blog, a Todos de uma forma geral, desejo:

FELIZ ANO NOVO

(E, como alguém disse: “Façam o favor de ser felizes!!!”)


Para todos, em especial para Ti, deixo ainda esta música de Lenny Kravitz – “Believe
(Porque temos de acreditar, sem medos!!!)


Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim."



segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Se Mi Aire



Puede separarme la distancia de tu abrazo
Puede distanciarme el mar de tu retrato
Pueda que mi opcion sea el resignarme
A rogarle el tiempo eterno a que pase
Pero al menos nadie puede arrebatarme
El mirar el cielo y recordarte
Oh nadie
Ni tampoco pueden evitar que hasta
Sienta ganas de llorar
Ohh nadie
Ohhh noooo

Quisiera estar en el aire
Para llegar hasta ti mi amor
Quisiera estar en el aire
Para sentir que me respiras
Y yo quisiera estar en el aire
Para soplarte y besarte toda
Y no te olvides de soplarme tu tambien
Y ser mi aire
Se mi aire

Me hace tanta falta verte y sentirte
Para negar lo obvio es impossible
Pero al menos nadie puede arrebatarme
El mirar el cielo y recordarte
Oh nadie
Ni tampoco pueden evitar que hasta
Sienta ganas de llorar
Ohh nadie
Ohhh no

Quisiera estar en el aire
Para llegar hasta ti mi amor
Quisiera estar en el aire
Para sentir que me respiras
Y yo quisiera estar en el aire
Para soplarte y besarte toda
Y no te olvides de soplarme tu tambien
Y ser mi aire
Ser mi aire tu tambien
Ser mi aire
Ser mi aire



sábado, 20 de dezembro de 2008

Guardo-te...



Respiro-te...

Sinto o teu cheiro em mim...

Relembro os momentos loucos que vivemos, num paraíso longe daqui...

Relembro cada palavra que ecoa suavemente na minha Alma...

Suspiro a cada movimento lembrado...

Sonho contigo de olhos abertos, enquanto o Mundo dorme...

Fecho os olhos a cada lembrança, para me sentir mais perto de ti...

Absorvo cada partícula de sonho que de mim emana...

Não esqueço a magia do teu olhar...

Derramo os instantes dos nossos momentos para uma pequena caixinha, que guardo no meu coração, onde ainda te sinto...

Sinto-te na existência que sou...



...Que somos, que fomos, que seremos...

Sinto-te força em mim...
Cordão umbilical que distamos e que nos une, cor de esperança de mais um beijo, de mais uma noite, de mais murmúrios ditos em silêncio, sussurros que mais ninguém ouve, olhares que mais ninguém reconhece...

Sinto-te...
Sinto-te naquilo que sou, naquilo que faço, naquilo que sonho...
Sinto o peso que tens, na minha Vida e em mim, nos meus passos e nos meus desejos, nas penumbras secretas daquilo que sou e que tu desbravas sem temer...

Entraste em mim com a violência de uma tempestade e perdeste-te, pois não sais, pergunto-me se não saberás o caminho ou será que não queres, e lá permaneces, de mansinho, ameno, para depois, na quietude em que estou, seres um turbilhão...

Sinto-te cada vez mais, presente em mim...

Sentimo-nos, perdemo-nos no sentimento que nos uniu, ainda nos liga com um pendão invisível, que existe e não se rompe...

Existes, nas minhas palavras que te descrevem, nos meus sonhos que te desenham, nos meus olhos que te vêem, no meu corpo que te sente e te chama, mesmo quando não estás...

Sinto a tua presença, num rasto de luz que ilumina os passos que dou...

Sinto-te arrastar-me num ciclo escuro, num rodopio vicioso de cores que não distingo, pois só te vejo a ti...

Sinto-te em tudo aquilo que vivemos, e experienciámos, e dissemos, e quisemos, e desejámos e amámos...

Deixa-me existir, sem a tua presença constante, sem sentir os teus lábios nos meus, as tuas mãos no meu corpo, a ti dentro em mim, o prazer de te ter...
Deixa-me existir, sem te olhar, sem te ver, só com a lembrança dos nossos momentos...

Porque eu continuarei a sentir-te... A amar-te, estejas tu, presente ou ausente...

Sinto-te...

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Ofereço-te as minhas noites...



Escureceu a realidade...
Encontro-me na indescritível escuridão da solidão...

Relembro a doçura do teu beijo e apaziguo o sorriso no crepúsculo das tuas mãos, quando tocavam as minhas...

No lusco-fusco da paixão, ofereço-te a paz do meu anoitecer, na forma dos meus sonhos...

Afundo os meus olhos nos teus, abro as asas da loucura e perco-me de mim, dentro da tua essência...

É nos braços do desejo que, nas frias noites de Inverno, sonho contigo, lembrando o calor do teu corpo no meu, nas quentes madrugadas daquele Verão...

Ao relento de ti, tapo-me com doces reflexos de luar, fecho nas mãos as lembranças que me escreveste na Alma...

Ofereço-te a minha noite, na forma dos meus sonhos, que também são os teus...

Arrepio-me no prazer do pensamento...
Vejo-te sorrindo no “nosso” Céu, com a cumplicidade da “nossa” Lua por companhia...

O silêncio desperta a saudade que, em cada noite de distância, me leva ao teu encontro quando, do outro lado da vida, bebemos confissões e brindamos à magia dos cheiros, dos sabores e dos momentos... Os nossos momentos...

Em cada pôr-do-sol, é no horizonte dos meus sonhos que te amo por toda a noite...
Na manhã que dissipa o sonho, é a ausência de ti que beijo ao acordar...

Ofereço-te as minhas noites, abraçada à saudade...

domingo, 14 de dezembro de 2008

Invento-te... Na ausência de ti...



Sinto-te na subtileza da noite, vejo-te no sorriso da Lua...

Encanto-me com as estrelas que vêm do teu olhar longínquo, querendo tocar-me...

Em cada suspiro do vento, um sussurro teu...

Uma lágrima de esperança desliza no meu olhar, ávido de te rever, em cada esconderijo da madrugada, em cada sílaba das tuas palavras que me ofereces nas páginas do livro em que te invento...

Amo-te, mesmo sem te ver...

Amo-te, mesmo sem te tocar...

Amo-te, para além do limite que me é permitido amar...

sábado, 13 de dezembro de 2008

Há dias assim... De saudade...



Dói o sorriso que os lábios fomentam...

Ausência assistida que flui por entre os dedos desabitados de ti...

É um amar por dentro, em desmedida compensação do vazio que sinto fora de mim...

Há dias assim, quedos e cúmplices do tempo e da razão...

São dias parados que vejo passar por mim a correr, na dormência das emoções contidas...

É dentro de mim que te encontro...
É dentro de mim que te sorrio num beijo que sela a ilusão do teu cheiro, misturando-se com o meu...
É na minha pele que te acolho, ao querer-te entre os meus braços vazios de ti...

Há dias assim, em que a nada consegue ser o pouco que desejo...
...No tanto que preciso de ti.

Há dias assim, de saudade...
...Dias de um jogo de força interior entre o sentir e o conter o desejo, entre o desejar e o conter os sentimentos...

Há dias assim, de saudade...



quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Náufraga...

De olhos perdidos, olhando o vazio da noite, desta ilha sem nome, espero o dia seguinte...

Aguardo que a força do Sol rasgue a linha do horizonte...

Neste mágico e sereno mar de sentimentos que me separa de ti, consigo tocar-te...

Mergulhando-me nas águas cristalinas, feitas de momentos e sentimentos, consigo respirar o cheiro da tua pele nas brisas que trazem a maresia de longe...

E vislumbro o teu rosto no reflexo prateado que a Lua cheia empresta à superfície deste oceano de ternuras e desejos...

Qual náufraga desta paixão...
...Mando-te numa garrafa... Um beijo perfumado...
...Embrulhado em todas as palavras que perdi...
...Quando te vi partir, desta praia deserta de ti!...


terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Na memória desta saudade...


Sempre este vazio que teima em preencher pedaços da tua ausência, sons magoados, perdidos nos labirintos de uma estrada sem destino...

Uma brisa toca-me o rosto...
Sinto o murmúrio ansioso de uma estrela e o meu olhar mergulha nos corredores da memória, procura fragmentos de uma história já vivida, guardada nos tesouros secretos do coração...

Um sorriso beija-me a boca, enquanto reminiscências desfilam, povoadas de um passado recente...
Devolvem-me o perfume da Lua que emanavas nas minhas alvoradas...

Ouço a voz das tuas mãos...
Sinto a ternura do luar dos teus olhos, quando eu morava no céu que pintavas só para nós para que eu pudesse ouvir e entender os teus mistérios...

Na memória desta saudade, sempre me habita a música dos sonhos e o calor das emoções que sentíamos...
Sentimentos... Momentos... Eternos em mim.

É, nestas noites assim, povoadas da tua ausência, perfumadas com as tuas lembranças, que os lábios das minhas palavras murmuram o teu nome e te beijam em silêncio...


Depois de tantos fins...


Foste o meu início perdido...
Depois de tantos fins, encontrei-te no brilho das estrelas, no mais belo luar...

Prendi-me a ti...
Entre um sorriso meu e a doçura do teu olhar...
Entre sonhos que tive e cumplicidades encontradas no firmamento...
Entre a beleza da solitária Lua cheia, e a força poderosa do Sol nascente...

Envolvida numa explosão de cores e sentimentos encontrados ao acaso, ateaste em mim o fogo da quente paixão contida quando, no silêncio escondido de um mundo à parte, abrimos o livro da vida, e conjugámos o verbo sentir, em tempos e modos, que não existem para mais ninguém, foram inventados á nossa imagem, para nos sentirmos mais próximos um do outro...

Contemplo o céu da minha noite, e não esqueço o caminho que me leva a ti, uma curta travessia, que toca o Tempo e a Eternidade...

Nesse curto instante, estremeço...

Acredito nas minhas certezas...

Fecho os olhos e sinto, em mim, a intensidade do teu querer e a verdade do Amor que ainda te sinto...


Apaguemos... A ilusão...


Afogo palavras em águas plácidas de mim, não as sinto como outrora...
Antes de formuladas asfixio-as em rasgados pensamentos de ti...

Vejo-me...
Sei que endoideci de tanto te escrever...
Agora sou devaneio à solta, com a vontade a galope, desalmada dos sentidos que ao vento espalha, em perfume de nós...

Foram mantos e mantos de palavras que cobriram os dias quentes em que amanheci deitada no colchão de sonhos inventados contigo...

Foi a Lua, a cúmplice das noites sem ti que se calou...

Morreram as frases, aquelas que nos afagaram os beijos e nos enlaçaram até ao último sinónimo de paixão...

Hoje não me basta escrever-te as mais belas palavras, não me basta saber que lês os meus sonhos com o sorriso em prosa que as páginas escondem...

Estas palavras já não existem, fechemos o livro, apaguemos a ilusão...
...É entre os nossos lábios...
...Que continuamos a nossa história...


segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Se pudesses viver para sempre, por quem o farias?



Há uns tempos atrás, arrisquei-me a falar sobre cinema e sobre um filme que adorei, hoje vou arriscar-me novamente nesta área.
Assisti a um filme que me fascinou, por tudo... Pelo tema e porque, em resumo, trata de uma lindíssima história de Amor :)
Confesso que ando numa fase meia “lamechas”, mas quando o assunto é o Amor, acho que ninguém fica indiferente, por isso, tomo a liberdade de vos sugerir este filme :)


Trata-se de uma adaptação do primeiro livro da Trilogia “Luz e Escuridão”, de Stephenie Meyer (“Twilight” - primeiro livro da série; “New Moon” - segundo livro da série; “Eclipse” - terceiro livro da série).
Ainda não li nenhum dos livros, mas garanto-vos que os vou “devorar” a todos e vou aguardar ansiosamente a continuação desta trilogia no cinema :)
Deixo-vos, de seguida, a sinopse do filme e respectivo trailler.



Crepúsculo ("Twilight")

"Se pudesses viver para sempre, por quem o farias?"
["When you can live forever, what do you live for?"]

«Crepúsculo» é uma moderna história de Amor, plena de acção, entre um vampiro e uma humana.

Bella Swan (Kristen Stewart) foi sempre um pouco diferente, nunca se preocupando em ser uma das miúdas com estilo da sua escola secundária em Phoenix. Quando a sua mãe volta a casar e Bella vai viver com o seu pai na chuvosa pequena cidade de Forks, Washington, ela não espera grandes mudanças.
Então conhece o misterioso e fascinante Edward Cullen (Robert Pattinson), um rapaz diferente de todos os que já conhecera.
Inteligente e divertido, ele vê a beleza interior de Bella. Rapidamente, Bella e Edward são levados por um apaixonado e decididamente pouco ortodoxo romance.
Edward consegue correr mais rápido que um leão, consegue parar um carro em andamento com as suas próprias mãos – e não envelhece desde 1918. Como todos os vampiros, ele é imortal. Mas não tem presas e não bebe sangue humano; Edward e a sua família são únicos entre os vampiros na sua opção de vida.
Para Edward, Bella é tudo aquilo por que ele esperou durante 90 anos – uma alma gémea.

Mas quanto mas próximos eles ficam, mais Edward tem de lutar para resistir ao apelo animal do seu cheiro, que o poderia transportar para um delírio incontrolável.
Mas o que irão Edward e Bella fazer quando James (Cam Gigandet), Laurent (Edi Gathegi) e Victoria (Rachelle Lefevre), os Nómadas, inimigos mortais dos Cullens, chegarem à cidade, à procura de Bella?

Com: Kristen Stewart, Robert Pattinson, Billy Burke, Peter Facinelli, Taylor Lautner


Sobre “Twilight” (“Crepúsculo”):
Baseado no actual Nº 1 das séries mais vendidas do New York Times (30 semanas e continua), com mais de 5.5 milhões de livros de Stephenie Meyer em impressão, «Crepúsculo» é um fenómeno cultural, com grupos de fãs dedicados que aguardam ansiosamente este filme.
Há mais de 100 sites de fãs dedicados a «Crepúsculo», e este foi seleccionado como Escolha do Editor da New York Times, Melhor Livro do Ano da Publishers Weekly, pela Amazon como “Melhor Livro da Década… até à Data”, incluído na “Hot List” da Teen People, incluído pela Associação Americana de Livrarias no seu “Top dos 10 Melhores Livros para Jovens” e no “Top dos 10 Melhores Livros para Leitores Relutantes” e foi traduzido em 20 línguas.
A realizadora, aclamada pela crítica, Catherine Hardwicke dá vida a esta moderna, rica e visceral história de Romeu e Julieta, do derradeiro romance proibido – entre um vampiro e uma mortal.