sábado, 20 de dezembro de 2008

Sinto-te na existência que sou...



...Que somos, que fomos, que seremos...

Sinto-te força em mim...
Cordão umbilical que distamos e que nos une, cor de esperança de mais um beijo, de mais uma noite, de mais murmúrios ditos em silêncio, sussurros que mais ninguém ouve, olhares que mais ninguém reconhece...

Sinto-te...
Sinto-te naquilo que sou, naquilo que faço, naquilo que sonho...
Sinto o peso que tens, na minha Vida e em mim, nos meus passos e nos meus desejos, nas penumbras secretas daquilo que sou e que tu desbravas sem temer...

Entraste em mim com a violência de uma tempestade e perdeste-te, pois não sais, pergunto-me se não saberás o caminho ou será que não queres, e lá permaneces, de mansinho, ameno, para depois, na quietude em que estou, seres um turbilhão...

Sinto-te cada vez mais, presente em mim...

Sentimo-nos, perdemo-nos no sentimento que nos uniu, ainda nos liga com um pendão invisível, que existe e não se rompe...

Existes, nas minhas palavras que te descrevem, nos meus sonhos que te desenham, nos meus olhos que te vêem, no meu corpo que te sente e te chama, mesmo quando não estás...

Sinto a tua presença, num rasto de luz que ilumina os passos que dou...

Sinto-te arrastar-me num ciclo escuro, num rodopio vicioso de cores que não distingo, pois só te vejo a ti...

Sinto-te em tudo aquilo que vivemos, e experienciámos, e dissemos, e quisemos, e desejámos e amámos...

Deixa-me existir, sem a tua presença constante, sem sentir os teus lábios nos meus, as tuas mãos no meu corpo, a ti dentro em mim, o prazer de te ter...
Deixa-me existir, sem te olhar, sem te ver, só com a lembrança dos nossos momentos...

Porque eu continuarei a sentir-te... A amar-te, estejas tu, presente ou ausente...

Sinto-te...

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