sexta-feira, 17 de abril de 2009
Desconheço-me!
Desconheço o selo com que lacro esta incapacidade de sentir...
Desconheço-me!
Fecho atrás de mim todas as portas.
Esqueço todas as lacunas.
Apago todos os beijos e abraços.
Rasgo as lembranças.
Perco as flores.
Pinto uma parede branca cheia de ausências, vazia de vida,
À espera de ser preenchida.
Desconheço a tinta...
Odeio este branco com que apaguei todas as memórias...
Desconheço as mãos que me levaram para longe as flores...
Abandono quem fui.
Esqueço todos os desejos.
Esqueço a Alma.
Pago o preço da paz.
Transformo-me numa boneca de pano velha e desbotada...
Desconheço-me!
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1 comentário:
É um processo penoso mas (in)felizmente necessário...
Primeiro vem a tristeza e ela lentamente se transforma em raiva, que facilmente também se direcciona para nós, mas se fôr ponderada é importante para que façamos uma limpeza mental...
Tal como é bom estarmos perdidos para podermos encontrar um novo caminho, também é bom sentir que nos desconhecemos, para que a vontade de sabermos quem somos cresça e nos tornemos inseparáveis de nós mesmos! ;)
Belíssimo texto e outroura subscrito por mim... :)
Grande beijinho*
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