terça-feira, 16 de junho de 2009

Uma carta para Ti, Meu Amor...



Sussurra baixinho o meu nome, como só tu o sabes dizer...
Sussurra-o, no silêncio da noite, longe de mim, sussurra-o uma vez mais...
Faz isso por mim!...

Que importa agora o resto, quando o resto já foi tudo?
De que me valem as lembranças de um sorriso teu?
Um sorriso que agora não é meu...

De que me vale chorar, se as lágrimas secam ao sol da tristeza?

Sou um mero Ser nos teus braços,
E prefiro deixar de o ser, quem sabe, talvez à espera de morrer...

Não são as palavras que descrevem o autor, mas sim o fruto de um amargo Amor!...

Um sorriso teu,
E um beijo que nunca chegou a ser meu...

Meu Amor, segura nas mãos a água que chorei...
São lágrimas, são restos de mim que gostava que guardasses!...

Não olhes assim para mim, por favor...!
Quando olho para os teus olhos, vejo coisas que mais ninguém vê...
São brilhantes, são beijados pelas estrelas...

Foste talvez um sonho...
E depois?!?!

Não foi o tempo, nem os segredos que guardámos...
Não foram os dias, ou tristezas ou alegrias...
Não foi o suor de dois corpos, ou o calor de um beijo...
Não foram as palavras, ou as saudades...
Nada teve culpa!...

Julguei que o mar tivesse levado consigo essa estranha forma de amar...
Perguntei ao vento se um dia te voltaria a encontrar...
E caí na areia, sem respostas,
Desisti, não é fácil encontrar-te...

Foste talvez um sonho de um pobre autor, desvanecido pela loucura do que escreveu...
De alguém que bebeu tudo o que era meu,
E que agora partiu sem saber sequer o que é seu...


É uma Carta para Ti, meu Amor...
Se a encontrares, volta, por favor.

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