domingo, 17 de maio de 2009

Estilhaços ao vento



Ausentes...
Os cheiros...
Os olhares...
Os gostos...

Apenas fiquei...
Maga e sacerdotiza do Meu próprio Destino...
Despida...

A força e a Alma ainda escrevem o caminho...
Ardo na fogueira de um fogo que foi Meu...

Condenada a ser Eu...
Para sempre, somente Eu...

Bebo a coragem que Sou,
Sorvo as lágrimas...
Sem rasgos de audácia...
Sem...

Apenas Eu...

Rasgo pensamentos...
Destruo memórias...
Esqueço-Me lentamente...

Reconstruo-Me,
Dentro doutro Mundo,
Num outro espelho...

Incendeio estilhaços ao vento...

Deixo que do Fogo nasça uma nova Luz...
Uma nova claridade...
Que Me inunde a Alma, Me possua o corpo...
E Me renove o Ser.

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