quarta-feira, 22 de abril de 2009
Novo sentir
Perdi as respostas óbvias que sustentavam todo o meu ser...
Abro as mãos...
Restam-me as linhas da vida, escritas em mapas de pele...
Linhas que se escrevem sem que eu peça ou ordene...
A Vida segue o curso óbvio...
O Destino cumpre-se...
Espero e contemplo...
Perdi o controlo...
Obedeço...
Curvo-me em derradeira contemplação...
As palavras cambiam lentamente na sua génese...
Transformam-se e escapam-se-me por entre os dedos...
Os olhos já não me trazem o Mundo...
Fazem-me olhar para bem dentro de Mim...
Fazem-me mergulhar em pensamentos, sentimentos e sensações...
Fazem-me reviver momentos perdidos, trazendo-me cores e cheiros omissos...
Sei e vejo...
Vejo-me aqui, tão longe...
A vontade impera e volto a estar de onde fugi...
Silêncio...
Este silêncio que eu própria construí...
Inauguro uma nova ponte até Ti...
Viajo rumo ao Passado, mordo a Saudade, bebo os erros e a Felicidade...
Sem arrependimento, abraço a nostalgia das lembranças que ainda vivem no meu peito...
Perdi as verdades absolutas que me guiavam...
Rumo em direcção ao Futuro...
Sinto este “novo sentir” que ainda não sei interpretar...
Saboreio o medo do desconhecido e faço-me forte...
Caminho em frente, camuflada do Mundo...
Destruo a nova ponte...
Sigo em frente...
Ainda com as tuas tatuagens em mim...
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1 comentário:
Quantas pontes temos de destruir para chegarmos a nós e ao outro não é?...
Paradoxal, mas é a realidade...
Gostei imenso desta visão do "silêncio que nós próprios construimos"... :)
Beijinhos*
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