sábado, 13 de dezembro de 2008

Há dias assim... De saudade...



Dói o sorriso que os lábios fomentam...

Ausência assistida que flui por entre os dedos desabitados de ti...

É um amar por dentro, em desmedida compensação do vazio que sinto fora de mim...

Há dias assim, quedos e cúmplices do tempo e da razão...

São dias parados que vejo passar por mim a correr, na dormência das emoções contidas...

É dentro de mim que te encontro...
É dentro de mim que te sorrio num beijo que sela a ilusão do teu cheiro, misturando-se com o meu...
É na minha pele que te acolho, ao querer-te entre os meus braços vazios de ti...

Há dias assim, em que a nada consegue ser o pouco que desejo...
...No tanto que preciso de ti.

Há dias assim, de saudade...
...Dias de um jogo de força interior entre o sentir e o conter o desejo, entre o desejar e o conter os sentimentos...

Há dias assim, de saudade...



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