terça-feira, 1 de abril de 2008

Incompatibilidade ou medo de amar?!


O que dá mais medo?
O comodismo, a desistência ou a briga?

Amores convencionais e as suas perguntas eternas.

O que é que os homens temem???
Amar demais, amar de menos, ou serem sufocados pelo Amor???

Histórias de homens e mulheres... Situações aparentemente comuns que tratam de perda e reconstrução...

Por um lado, mulheres que já não se deixam dominar, traçam sozinhas o seu caminho e batalham, orgulhosas, pelo seu lugar ao sol e pelo homem que amam.
Por outro lado, homens que temem o Amor, vivem de aparências, alimentam ressentimentos e mágoas e nunca esquecem o passado.

Os desencontros, os descompassos, as loucuras e os prazeres na hora de se entregar totalmente a um homem ou a uma mulher.
É descobrir que, mesmo diante de desejos fugazes ou amores avassaladores, sentiremos sempre aquela pitada de medo – um medo que pode fazer toda a diferença.
Corrói a Alma aos poucos, ou aprisiona-nos definitivamente na grande aventura que é amar...

Relações humanas: a coisa mais complexa que pode existir...

Eu também tenho muito medo delas, ainda que seja amizade...
O medo de relações não pode impedir que elas saiam da tua Vida: elas estarão sempre lá até à tua morte e, sim, um dia elas serão boas e far-te-ão bem... Sem medos, inseguranças ou coisas assim: apenas serão...


Começo por escrever, novamente, pois acredito que não há melhor arma do que a escrita para fazer evoluir o Homem.
Assim, vou tentar falar sobre uma questão que me é próxima e que, se assim não fosse, não seria capaz de falar dela: as incompatibilidades.
Encarar um fim, pois a outra pessoa pensa que não consegue viver com a diferença que eu represento e com os defeitos que tenho, com a pessoa que, afinal, sou.
Se, a isso, acrescentar que não acredito no fim desse Amor, pois recuso-me aceitar tanto tempo de mentira...

Todos temos a nossa forma de amar, por vezes estranha, vivida na ausência de carinho, mas sentida no fundo do nosso íntimo e do nosso coração, sendo que temos apenas de conseguir transparecer esse Amor, em pequenos gestos que seja...

E se a razão desse fim for a falta de confiança???
E, se por esse estúpido motivo, errarmos, sem volta a dar?!
Depois... Depois é sofrer na pele a amargura de algo perdido...

Acredito, sinceramente que, quando uma pessoa ama de verdade é capaz de se adaptar às circunstâncias, ainda mais quando tem a certeza daquilo que deseja e daquilo que ambiciona...
Acredito que, quando vale a pena e quando acreditamos no objectivo e na pessoa que está no nosso lado, TUDO é possível!!!...

Sim, podemos não ser compatíveis em “n” coisas, mas não é isso que nos atrai? Não é isso que nos une a outra pessoa? Não é poder dividir com outra pessoa a felicidade que temos dentro de nós, assim como a tristeza que pode ser apagada com um sorriso aberto da nossa “cara-metade”?
Mau é quando as pessoas não estão dispostas a fazer algo pela felicidade de ambos...

Aqui fica a questão: “Amam-se a vocês próprios e amam quem vos ama?“.
Amor é mesmo um risco, certo?!
O nosso medo de amar é isso mesmo: o medo do risco. Risco de perder, risco de ter que ficar, risco de ter que abrir mão de a, b ou c para permanecer.

O maior erro que cometemos é buscar sermos amados, em vez de amar. O que nos torna cobardes é o medo de perder esse Amor.


Para (fazer) pensar, aqui ficam algumas palavras de Vinicius de Moraes:

A maior solidão é a do ser que não ama.
A maior solidão é a dor do ser que se ausenta, que se defende, que se fecha, que se recusa a participar da vida humana.


A maior solidão é a do homem encerrado em si mesmo, no absoluto de si mesmo,o que não dá a quem pede o que ele pode dar de amor, de amizade, de socorro.


O maior solitário é o que tem medo de amar, o que tem medo de ferir e ferir-se,o ser casto da mulher, do amigo, do povo, do mundo. Esse queima como uma lâmpada triste, cujo reflexo entristece também tudo em torno. Ele é a angústia do mundo que o reflecte. Ele é o que se recusa às verdadeiras fontes de emoção, as que são o património de todos, e, encerrado em seu duro privilégio, semeia pedras do alto de sua fria e desolada torre.

Eu sei e você sabe
Já que a vida quis assim
Que nada nesse mundo levará você de mim
Eu sei e você sabe
Que a distância não existe
Que todo grande amor
Só é bem grande se for triste
Por isso meu amor
Não tenha medo de sofrer
Que todos os caminhos
Me encaminham a você.
Assim como o Oceano, só é belo com o luar
Assim como a Canção, só tem razão se se cantar
Assim como uma nuvem, só acontece se chover
Assim como o poeta, só é bem grande se sofrer
Assim como viver sem ter amor, não é viver
Não há você sem mim
E eu não existo sem você!

Vinicius de Moraes

1 comentário:

x4m0n disse...

mais um...

esta a ficar mt repetitivo... comentar...

pois volto a repetir que o don da escrita nao é para todos e tu tens, pois consegues transmitir sentimentos mt profundos... :D

espero que a inspiração volte, pois fiquei curioso ;)

beijo..

até já..