sexta-feira, 18 de abril de 2008

Vou pensando...


Hoje estou a pensar em nós, não sei porquê mas, de repente todas as lembranças acordaram dentro de mim, quando o mais lógico seria esquecer, seria apagar-te do livro do meu coração.
Mas, de repente, comecei a pensar…
Não sei o que provocou isso, talvez tenha sido uma rosa triste que vi morrer no vaso... O chão ficou cheio de pétalas mortas, desfeitas, como se fosse lágrimas vermelhas que a flor chorou… Ou talvez tenha sido o pôr-do-sol bonito que vi… Ou talvez não tinha sido nada... Porque foi o nada que restou...
Nada!...

Eu pensei que ia continuar a viver, como antes de entrares na minha Vida, mas hoje compreendo que tu ficaste em mim, ficaste na minha Vida.
Penetras-te com força no meu sangue e no meu coração, estás dentro de mim como se fosses uma presença extra-sensorial, como se fosses um ser ligado misteriosamente a mim, por laços reais que não vemos, mas sentimos... Sinceramente, eu não sei mais o porquê de pensar em ti, até porque o caminho que vou seguir não é mais o teu e muito menos o nosso, porque nenhum dos dois existe mais.

Vieste para a minha Vida como uma leve brisa que vem para a tarde quente de Verão…
Vieste, simplesmente...

Apareceste do Nada, no sempre que Sempre existiu...

Não queria nada além de ti, do “Tu” que pensei conhecer, como ninguém... E que Nunca existiu...

Pensei que amar fosse apenas desejo, contacto de lábios, de corpos, de mãos, mas aprendi que o verdadeiro sentimento vem de dentro... Das profundezas da Alma e do fundo do Coração.
E foi com ambos que aprendi a esquecer... A apagar pegadas que julguei para sempre impressas no meu mais ínfimo Ser...

Estou só e por isso analiso o que senti por ti, analiso toda a ansiedade em tempos sentida, a vontade imensa de ver-te, de ter-te, de apertar-te nos meus braços, de sentir a tua presença, de ouvir as tuas palavras e ver a tua alma debruçada nesses olhos que foram em tempos toda a luz da minha Vida.

Retrocedi pelo meu caminho e pensei que estava na hora de recomeçar a viver, mas senti que não estava só, tinha comigo a sombra da saudade a perseguir-me, falando-me de ti, falando-me de nós e por isso estou a pensar em ti nesta noite vazia e fria, mas saudosa...

Estou a pensar em “Nós”, que fomos algo e Hoje não somos nada...
Apenas dois estranhos, dois estranhos separados.

Estou só e continuarei só... Mas feliz… Feliz por ter reencontrado o meu caminho, a minha Vida de novo, reaprendi a ser Feliz, voltei a viver, sobrevivendo...

Houve dias em que senti como se a Vida tivesse perdido todo o sentido, como se o “Adeus” tivesse matado em mim o que eu tinha de mais nobre, de mais belo… Que era a capacidade de amar...
Nada restava para mim, restando-me apenas o conteúdo de saudade... E a vontade, imensa, de apertar-te nos meus braços...

Não!!!
Nada disso já importa!!!...
Não chega!!!
Quero mais, muito mais!!!
Quero viver!!!

Não sou de ninguém!!!
Sim, esta é a verdade!!!

Posso até estar perdida dentro de mim mas, ainda assim... Sou feliz e é isso que me apetece gritar a plenos pulmões para todo o Mundo ouvir:
Sou feliz...
Sem ti!!!

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