Medo do vazio…
De olhar para mim e de nada ver…
Só uma página em branco com mágoas calcadas por uma caneta sem tinta...
Assustadora visão de alguém sem sonhos,
Entregue a uma banalidade monótona a que chamam de rotina...
Rotina esta que é a corda, velha e resistente, que me amarra à Vida...
Caminho pelos dias, de olhos ávidos de sonhos,
Na esperança de sentir aquela brisa fresca que me acaricia e sempre me apaixonou...
O desejo de te ter...
Que eu acorrento em histórias que nem eu própria acredito...
Numa fuga à dor mais crua...
Na senda da melancólica dor de não sentir...
Mergulho num vazio...
Resta-me saber quando voltarei a emergir...
As cicatrizes tornam-me mais bela...
As cicatrizes tornam-me mais bela...
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