sábado, 29 de novembro de 2008

Despeço-me de ti... Mais nada...


Procuro-te na vastidão do Mundo...
Procuro-te por caminhos incertos, subo montanhas, suplico ao céu que, inclemente, me riposta com a luz do sol, ofuscando-me o olhar...

Procuro-te onde não estás nem nunca estiveste...

Porque me custa mais lembrar-te que viver???
Porque insisto em relembrar-te quando tenho de esquecer-te???

Diz-se “Adeus” e julga-se ser um pretérito perfeito que, de perfeito nada tem...
Ledo engano, o “Adeus” é um futuro contínuo... Um despedir a sangue e suor, lento e quase eterno...

Não é possível despedirmo-nos de algo ou alguém que, em certa altura da nossa Vida, foi tudo o que sempre quisemos e que, bem ou mal, deu sentido a um caminho até então sem rumo...
Uma despedida nunca é definitiva e nem se pode comparar a um corte na jugular, embora também se sangre de dentro para fora...

Já me despedi de tudo o que já foi e não pode mais vir a ser que, como uma onda do mar, nunca será o que já foi...
Ninguém pode ser o que já foi, tal como a água da fonte, o leito do rio, a água de antes já passou, a de antes passou e a que passa agora não volta jamais...
Tudo passa, tudo corre... Nada volta a ser o que já foi!

Despeço-me quase ritualmente, embora, na maioria das vezes, apenas eu entenda esses meus rituais...
Despeço-me, agradecida...
Agradeço as feridas abertas, as fechadas que mantêm cicatrizes, as fechadas que não deixaram marcas mas, cujas dores melhor me ensinaram...

Despeço-me incessantemente de ti, que sangras ainda sem saber e o muito que ainda terás de sangrar até entenderes o que fez com que abrisses valas nas tuas certezas duvidosas de antes...
Ainda tens uma longa estrada pela frente, caminhos que já pisei e que não têm volta, mas não o sabes ainda... Nem nunca o saberás como eu o sei!
Só se pode andar em frente, o que fica para trás, lá tem de ficar...
A Vida encarrega-se de o cobrar e o exigir assim, andar em frente, sem olhar para trás...

Assim, despedi-me e ainda me despeço de ti, do que um dia foste e que hoje não mais existe, embora nem tenhas consciência disso...
Ainda acreditas que aquele “tu” que me encantou continua contigo... Vestes agora outra pele que desconhecia e que me faz engolir tudo com um sabor amargo que desconhecia existir...

Terás de seguir com as tuas incertezas e dores que jamais partilhaste e eu... Eu não estarei por perto, ainda que esteja e que queira, hoje e sempre...
Estarei num qualquer ponto lá adiante, onde apenas chegarás se, algum dia, aprenderes a encarar o espelho sem o quebrares de raiva, mas grato por aquilo que ele te mostra.
O espelho é o caminho, o único caminho...
Só quando fizeres as pazes com o teu espelho, quando aprenderes a ver o que ele te mostra, quando souberes ver o que está lá e sempre esteve, só quando aprenderes a despedir-te... Só aí irás entender de onde vem a minha força para partir, sem dor... Só aí irás entender como renasço a cada morte, como me levanto após cada queda, como me ergo das cinzas quando tudo parece perdido...
A dor, a minha dor...
Essa jamais irás entender, perceber ou saber sentir!!!

E, assim, me despeço de tudo o que foi, sem nunca ter sido, de sonhos coloridos e risonhos mas sem projecto de execução, de conversas inexistentes que seriam a solução mas que sempre evitaste porque nunca as soubeste ter...
Partir sem olhar para trás, despedir sem querer sentir a dor, não guardar histórias na memória e nem um baú de fotos e momentos... Isso é o teu dom, não o meu...
Seguir em frente, escolhendo-se a si próprio, não é coragem nem covardia, é humildade de aprender...
Foi a única solução possível...


Sei que ainda partirei muitas vezes, porque há sempre muito que aprender mas, por agora, só há o “nunca mais” amargo, porque aquela que sou ou que fui revê-se no espelho todos os dias, e aquele que nem tu sabes se foste ou se és continua a olhar o espelho e a procurar-se, ainda sem entender muita coisa...
Mas quero acreditar que, em algum momento, possa ter-te indicado o início da estrada que ainda insistes em ignorar...

Uma rosa cor de sangue cintila nas minhas mãos,
Nessa rosa, deixo o meu perfume...


Despeço-me de ti... Mais nada...


sexta-feira, 21 de novembro de 2008

A que sabe o Amor???


Preferes ser feliz ao lado de quem amas ou ao lado de quem te ama???
Quem te faz feliz?
Quem amas ou quem te ama???


E, se um dia, quem te ama te pergunta:
- A que sabe o Amor?

E se tu respondes:
- A ti, mas mais doce!


É esta a resposta que precisas para saber onde, como e com quem és feliz?


Questionar o Amor


Quem viveu o suficiente para dizer que sabe amar???

Quem de todos nós sabe o que é realmente o Amor???

Quem seria capaz de atirar a primeira pedra
E dizer que sempre amou loucamente???

Quem nunca amou???
É possível tal coisa???

O que é o Amor???

Quem sabe explicar esse sentimento
Que começa na Alma e acaba... Onde???

Não se deve questionar o Amor, mas sim vivê-lo!
Porque o Amor, em si, mesmo imperfeito, já um presente sem preço!!!...


quarta-feira, 12 de novembro de 2008

A dor de não sentir


Medo do vazio…
De olhar para mim e de nada ver…
Só uma página em branco com mágoas calcadas por uma caneta sem tinta...

Assustadora visão de alguém sem sonhos,
Entregue a uma banalidade monótona a que chamam de rotina...
Rotina esta que é a corda, velha e resistente, que me amarra à Vida...

Caminho pelos dias, de olhos ávidos de sonhos,
Na esperança de sentir aquela brisa fresca que me acaricia e sempre me apaixonou...

O desejo de te ter...

Que eu acorrento em histórias que nem eu própria acredito...

Numa fuga à dor mais crua...

Na senda da melancólica dor de não sentir...

Mergulho num vazio...

Resta-me saber quando voltarei a emergir...

As cicatrizes tornam-me mais bela...

Amor Perdido


Mais um dia termina,
Mais uma noite começa...

Digo adeus ao Sol que logo se perde no horizonte...
E Sorrio para a Lua,
Que traz consigo inúmeros pontos brilhantes e reluzentes,
Que se espalham pelo firmamento,
Sem fim...

Escuto...

Nada mais meigo existe,
Do que sentir leves sopros sussurrantes que chegam do vento...

Espero...

Desejo ouvir do vento,
Todas aquelas palavras que fugiram contigo,
E que tenho vontade de recordar...

Saber o porquê de tanto Amor que,
Sem qualquer razão,
Se desfez como um castelo de areia...

Responder a todas as questões que o mar traz de volta,
Mas que logo desaparecem,
Dando lugar a profundas mágoas,
Que não são mais do que pequenos farrapos de alegrias,
Desfeitos...

Quero sentir as chamas do fogo tocarem-me a pele...
Para te poder dizer,
Qual a sensação de toda a tristeza,
Que em mim deixaste.

Não sei que ar respirar,
Nem para onde ir,
Nem para onde olhar...

Quero simplesmente saber,
O que hei-de fazer,
E como o conseguir,
Para te esquecer...

Se assim tiver de ser!...

O Sempre não existe


Digo-te... Amo-te e quero ficar contigo para Sempre!...
Digo-te ... Que te quero!...
Digo-te porque o sinto!!!

Digo-te... Já não te amo mais, porque o Amor acaba!
Digo-te... Não te quero mais, porque o Sempre não existe!!!
O Sempre existe nos nossos desejos,
O Sempre existe no nosso Amor.
Mas... O Amor acabou!

Amei-te enquanto estive contigo...
Dei-te provas de Amor e presentes...

Queria ver o brilho dos teus olhos, o teu sorriso, queria ver-te e saber-te feliz...

Amei-te enquanto estive contigo e até no pior dos momentos...
Até aí, no pior dos momentos, eu te amei...

Hoje sou a revolta...
Despojada dos momentos,
Hoje sou a raiva...
E nem sei se sinto raiva…
Pelo que fizeste ou porque não consigo odiar-te...

O Sempre não existe, mesmo que muito o queiramos...
Pelo menos, o Sempre não existiu contigo...

Amei-te, mas já não te amo!!!
Não tive culpa, ninguém o roubou...
O Amor apenas acabou!...

Hoje, “vendi” tudo que me deste...
Não quero nada teu...
Será isto já ódio?
Não sei, porque nunca odiei!

Recordo os beijos que demos...
Quase que sinto tudo de novo,
Mas já não tenho Amor!!!
Sou a indiferença!

O Amor acabou e levou consigo o Sempre...
De quando eu estava contigo...
O Amor era Amor e o Sempre era Para Sempre...
Não te menti, se mentira foi para ti, para mim foi ilusão!!!

Amei-te...
Mas já não te amo!!!
Não tive culpa, ninguém o roubou...
O Amor apenas acabou!!!...


domingo, 9 de novembro de 2008

Tempo... Preciso de Tempo...



A Vida é tão escassa, sinto que, a cada segundo que passa, estou mais longe do que queria...

A partida é inevitável, mas sinto que preciso de só mais um momento... O meu momento!

A Vida é feita de momentos e preciso de tê-los...
Nem sei se preciso de Ti ou se apenas preciso de Mim... Do meu “Eu” de volta...

Preciso... Preciso de algo... Talvez de Tempo... Antes que até ele se acabe... Como tudo acaba...
E que o Tempo me cure!

Do Nada, passei a Tudo...

E regressei ao Nada... Ao Nada que sempre insistiu e resistiu em me acompanhar...


Preciso...
Preciso de algo...
Talvez de tempo...
Antes que até ele se acabe...
Como tudo acaba...

E que o Tempo me cure!!!



Desejo-te Tempo


Não te desejo um presente qualquer,
Desejo-te somente aquilo que a maioria não tem.

Desejo-te Tempo,
Para te divertires e para sorrir...

Desejo-te Tempo,
Para que os obstáculos sejam sempre superados,
E muitos sucessos comemorados...

Desejo-te Tempo,
Para planear e realizar,
Não só para ti,
Mas também para os outros...

Desejo-te Tempo,
Não para ter pressa e correr...

Desejo-te Tempo,
Para te encontrares...

Desejo-te Tempo,
Não só para passar ou vê-lo no relógio...

Desejo-te Tempo,
Para que fiques...
Tempo para te encantares
E Tempo para confiares em alguém...

Desejo-te Tempo,
Para tocares as estrelas,
E Tempo para crescer e amadurecer...

Desejo-te Tempo,
Para aprender e acertar...
Tempo,
Para recomeçar, se fracassares...

Desejo-te Tempo,
Também para poder voltar atrás e perdoar...

Desejo-te Tempo,
Para ter novas esperanças
Não faz mais sentido protelar...

Desejo-te Tempo,
Para ser feliz,
Para viver cada dia,
Cada hora como um presente...

Desejo-te Tempo,
Tempo para a Vida.
Desejo-te Tempo.
Tempo..."

[Desconheço o autor]

terça-feira, 4 de novembro de 2008

O que não me mata... Torna-me mais forte!!!


A fénix é um pássaro das mitologias grega e egípcia que,
quando morria,
entrava em auto-combustão e,
passado algum tempo,
renascia das próprias cinzas.


segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Puzzle...



Eu a apanhar os bocados da minha vida...
Eu a reconstruir-me...
Puzzle inacabado, sonhado... Completo contigo...

Eu a perder-me nos teus braços, a acordar aninhada em ti...
Tu, sorridente com esse teu sorriso de eterno menino, a enlaçar-me contra ti...
Promessas de um futuro colorido em tons de sépia...
Meu Amor...

Sabes, Amor, tudo o que sonhei morreu-me nas mãos. E depois, depois vieste tu
e viraste a minha vida. Viraste-a, torceste-a, afagaste-a, mudaste-a...

Sabes, Amor, Tu és o meu sorriso da noite, o meu suspiro do dia...
Tu...
Sabes, Amor...

És a peça que faltava...


Cansada...


Cansada de esperar...

Cansada de estar com as portas abertas...

Cansada de não saber mais o que fazer...

Cansada da dor de não saber...

Cansada de me sentir inútil...

Cansada de falar...

Cansada de adiar a indiferença...

Cansada de não poder fazer nada...

Cansada da minha voz cansada...

Cansada da estar sempre preocupada...

Cansada de não dormir...

Cansada de errar...

Cansada de magoar...

Cansada de estar triste...

Cansada de ter que ser forte...

Cansada de ter que lutar...

Cansada de compreender...

Cansada de ceder...

Cansada de aceitar...

Cansada de querer...

Cansada de desejar...

Cansada de sonhar...

Cansada de ter saudades...

Cansada de chorar...

Cansada de não ter coragem...

Cansada de falar de Amor...

Cansada de mim mesma...

Cansada de tentar e tentar e tentar...

Cansada de pensar...

Cansada...

Hoje estou apenas cansada...
Estou apenas cansada, muito cansada!!!...