terça-feira, 1 de julho de 2008

O Grito da minha Alma

O coração dói,
A Alma chora,
O rosto contrai-se,
O sorriso desaparece...

Um nó sufocante invade o peito,
Não sei se a vontade maior é gritar ou calar...

Os olhos ardem,
A pele arrefece,
Os lábios secam,
As forças desaparecem,
O corpo esmorece,
A boca engole palavras que não podem ser ditas...

O cérebro não coordena os pensamentos,
A mente fenece...

O grito cala-se,
O corpo embala-se,
A cabeça anda à roda,
O reflexo desaparece,
A lágrima cai...
O peito molha-se,
A dor aumenta,
O grito sufoca,
A saliva seca e...
Outra lágrima cai...

A cabeça aperta,
O corpo contrai-se,
Os olhos quase fecham e a visão esvai-se...

O escuro é mais seguro,
Ninguém precisa ver...

Mais uma lágrima que cai...

Pensamentos misturados,
O coração mais apertado,
Solta o grito sufocado,
Sem palavras, só molhado,
Formando lágrimas que caem...
Lágrimas que rolam pela face...

Tempestade temporal,
Tentando aliviar a dor,
De uma Alma tão sofrida,
Que parece perder a Vida,
Quando sente a despedida...

Com gritos silenciosos, rasgo a minha Alma...
Do meu peito quero arrancar o dilacerado coração...
Que a dor que sinto, se transforme em nada...
E que o Amor que me resta me ajude a sobreviver...


O Grito da minha Alma é:

Um misto de vontade de gritar bem alto pelas ruas...
Um misto de vontade de bater bem forte com a cabeça nas paredes...
Um misto de absolvição dos meus pecados...

Um fim resolvido!...

1 comentário:

Paula disse...

"Considerar a nossa maior angústia como um incidente sem importância, não só na vida do universo, mas da nossa mesma alma, é o princípio da sabedoria."
Fernando Pessoa